MM Eduardo Transcoveski
A necessidade de adorar vem da criação. Deus criou o ser humano para adorá-lo. É adorando ao Senhor do universo, ao que reina sobre tudo, ao todo poderoso, ao verdadeiro e único Deus que se cumpre o propósito para o qual fomos criados.
O primeiro grande mandamento remete ao real significado da adoração: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” – Mateus 22.37. O coração de Deus se alegra quando seus filhos agem coerentemente com o motivo de sua criação: adorar a Deus e amá-lo profundamente.
Para J.C. Ryle, a melhor maneira de avaliarmos se estamos praticando a verdadeira adoração é observar os resultados dela na nossa vida. Ele sugere, quatro resultados da verdadeira adoração:
1 – A verdadeira adoração afetará o coração e a consciência do homem. Ela o fará sentir mais agudamente a malignidade do pecado e sua própria corrupção. Aprofundará a sua humildade e o tornará mais delicado e cuidadoso em relação à sua vida espiritual.
2 – A verdadeira adoração atrairá o homem à comunhão mais íntima com o Senhor Jesus Cristo. Ela o levará acima das igrejas, ministros e ordenanças, ela o tornará sedento e faminto por uma contemplação do Rei. Quanto mais ele ouve, lê, ora e louva, tanto mais ele sente que nada alimenta a sua alma, exceto o próprio Cristo, e que a comunhão sincera com Ele é “verdadeira comida e bebida”.
3 – A verdadeira adoração ampliará continuamente o conhecimento espiritual do homem. Proporcionará vigor, consistência, significado e firmeza ao seu cristianismo. Um verdadeiro adorador saberá cada dia mais a respeito do seu ego, de Deus, do céu, das obrigações, da doutrina e da experiência cristã. O seu cristianismo é algo vivo e crescerá.
4 – A verdadeira adoração aumentará a santidade na vida do homem. Ela o tornará cada vez mais vigilante a sua língua, temperamento, tempo e comportamento em todas as relações da vida. A consciência do adorador se torna mais sensível a cada ano. A consciência do falso adorador se torna cada vez mais cauterizada e mais insensível a cada ano”.
A adoração genuína é aquela que santifica a vida, faz o ser humano andar com Deus e deleitar-se na lei de Deus; que o eleva acima do temor e do amor ao mundo; que o capacita a exibir algo da imagem e da semelhança de Deus para seu próximo; que o torna justo, amável, puro, gentil, paciente, humilde, altruísta e moderado. Essa é a adoração que procede do céu. Ela possui a marca de Deus e produz o melhor cristianismo pessoal tornando os adoradores mais santos no lar, no trabalho, nos estudos, na vida privada ou coletiva. Se quer saber se a adoração é genuína e está fazendo bem, deve-se prová-la por meio desses testes.
“Não importa o que os homens gostam de dizer, o grande teste do valor de qualquer adoração é o efeito que ela produz na vida dos adoradores. É uma adoração que traz frutos”. J.C. Ryle