Pr. João Soares da Fonseca

Áudio Pastoral

Mahatma Gandhi, maior líder indiano até hoje, lutou pela independência do seu país, mas sem fazer guerra aos ingleses. Em 15 de agosto de 1947, a Índia se tornou livre. Nenhuma gota de sangue foi derramada.
Gandhi leu os evangelhos e, admirador do Sermão da Montanha, pensou: “O cristianismo parece ter a solução para o problema das castas na Índia”. Então resolveu visitar uma igreja na África do Sul, onde estava morando. À porta da igreja, porém, os recepcionistas lhe disseram: “Esta é uma igreja de brancos, para brancos. Procure uma de sua própria raça!”. Decepcionado, Gandhi deu as costas e nunca mais se interessou pelo evangelho.
Mudemos de cenário: Indianápolis (EUA). Por volta de 1960, uma igreja batista nessa cidade ficava perto de uma base militar, que recebia gente de todo o país. Um dia, alguns soldados negros ali recém-chegados, decidiram visitar a igreja, sem perceber que era uma igreja só de gente branca. Branquelos diáconos vieram à porta e, com educação – não houve brutalidade – “aconselharam” os negros a procurarem uma igreja de negros. Calmamente, os negros foram para outra igreja.
Mais tarde, muitas famílias de negros se mudaram para o bairro dessa igreja. E sempre que isso acontecia, os brancos vendiam suas casas por qualquer preço e se mudavam às pressas: não queriam que seus filhos brincassem os filhos dos negros. Com a chegada das famílias negras, a igreja, esquecendo-se da mensagem que pregava, também vendeu seu templo e foi embora. Os negros compraram o templo, e a igreja deles não parou mais de crescer. Os brancos foram para um bairro onde só havia brancos. Visitei essa igreja de brancos em anos recentes, e tive a impressão de que estava diminuindo em número ano após ano. Acho que sei por quê.
Jesus ama todas as pessoas, independentemente da cor da pele, do sexo, da idade ou da condição social. Bastava ser uma pessoa para receber o respeito de Jesus.

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