Pr. João Soares da Fonseca
O juiz Sérgio Moro, ao proferir uma sentença recentemente, fez uso de um trecho extraído de um discurso de Theodore Roosevelt, proferido em 1903. Nele, o vigésimo-sexto presidente americano refletia sobre os males da corrupção para um país:
“Não existe crime mais sério do que a corrupção… [nem] ofensa mais grave do que a daquele no qual é depositada tão sagrada confiança. (…) [O corrupto] é pior que o ladrão, é tão maligno como o assassino. (…) Outras ofensas violam uma lei enquanto a corrupção ataca os fundamentos de todas as leis. (…). A exposição e a punição da corrupção pública são uma honra para uma nação, não uma desgraça. A vergonha reside na tolerância, não na correção. Se nós falharmos em dar tudo o que temos para expulsar a corrupção, nós não poderemos escapar de nossa parcela de responsabilidade pela culpa” (http://www.oantagonista.com – em 14-06-2017).
Diariamente acompanhamos pela mídia os lances dessa luta que o País resolveu travar contra a corrupção. Do que temos visto e ouvido até agora, uma verdade prepondera: a de que a corrupção não é prática restrita apenas a um partido político. O câncer da corrupção se metastasiou, atrevidamente saltou as barreiras dos contornos partidários e contaminou todos os tecidos da política nacional. Não dá para entender como a organização política se degenerou em várias organizações criminosas. A cada dia noticiam-se mais desfalques, desmontam-se outros esquemas de desvio de verbas… parece jamais acabar o estoque de falcatruas. Oremos para que tudo isso se esclareça, os ladrões sejam presos, e apareça o dinheiro para financiar a saúde, a educação, a segurança…
Com urgência, recuperemos a atualidade do conselho que o rei Josafá deu aos juízes de Israel: “Agora, que o temor do Senhor esteja sobre vocês. Julguem com cuidado, pois com o Senhor, o nosso Deus, não há injustiça nem parcialidade nem suborno” (2Crônicas 19.7, NVI).