Pr. João Soares da Fonseca
Num triste dia de 1874, o corpo de David Livingstone, o grande missionário na África, chegava a Londres para ser sepultado com todas as honras na famosa Abadia de Westminster. Milhares de pessoas nas ruas homenageavam a memória do herói.
No meio da multidão, um ancião sujo, um pouco alcoolizado, chorava amargamente. Perguntaram-lhe por que chorava assim, e ele contou: “David Livingstone e eu nascemos no mesmo vilarejo, crescemos juntos, estudamos na mesma escola, íamos à mesma Escola Dominical. Mas David seguiu um caminho, e eu segui esse (que você está vendo). Agora ele é um herói nacional, e eu? Um ignorado, um pobre-diabo. Não tenho futuro nenhum, a não ser a sepultura de um beberrão” (Charles Wallis).
O Salmo 1 já previa situação parecida, ao tratar de dois tipos de vida, que podemos resumir assim: (a) Vida com Deus; (b) Vida sem Deus. A primeira é a vida do justo; a segunda é a do ímpio. São muito claros os termos que descrevem os dois modos: o justo, por andar com Deus, “não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3). Lembremos que diante de Deus ninguém é justo (Sl 14.3; 53.3). Diz o sábio: “Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque” (Ec 7.20). Quem nos torna justos é o Senhor (Rm 3.26).
Ao contrário do justo, “Não são assim os ímpios; mas são como a palha que o vento espalha. 5 Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. 6 Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá”.
São duas pessoas, duas experiências, dois destinos. Na companhia de quem você está?