Pr. João Soares da Fonseca

Áudio Pastoral

Svetlana Stálin (1926-2011) era a filha caçula do líder soviético Josef Stálin, cujo regime político teria eliminado de 20 a 60 milhões de pessoas, durante os trinta anos de seu governo.
Em 1967, Svetlana deixou a então União Soviética para visitar a Índia. Em Nova Delhi, pediu asilo político à embaixada americana e se mudou para os Estados Unidos, onde faleceu em 2011. Escreveu livros, deu entrevistas a jornais, rádio e TV. Contou à BBC que, estando perto da morte, o ditador sofria alucinações terríveis. Contou também que no dia mesmo de sua morte, 5 de março de 1953, ele se sentou de súbito na cama, fechou o punho e desferiu um soco violento na direção do céu, como se estivesse esmurrando a Deus.
Stálin e sua ideologia fizeram uma opção clara pela negação da existência de Deus e insubordinação à sua vontade. É curioso que a mãe de Stálin tenha feito todo o esforço para que ele, em sua juventude, entrasse para um seminário. Stálin não queria ser ovelha, e por isso trocou até de nome. O sobrenome Stálin não fazia parte de sua certidão de nascimento; foi adoção posterior, cujo significado já diz tudo: “homem de aço”. A opção de Stálin e a de todos aqueles que rejeitam a orientação de Deus para as suas vidas é a mesma das pessoas referidas no Salmo 2.
Conhecido como salmo real ou messiânico, atribuído no Novo Testamento a Davi (Atos 4.24-26), o salmo 2 fala de gente poderosa que se rebelou contra Deus: “planejam revoltas… fazem planos contra Deus” (vv. 1,2, NTLH) e seu povo e o rei desse povo. É claro que revoltar-se contra Deus e tentar esmurrá-lo é experiência que resulta frustrada, além de soar ridícula. Tanto que no verso 4, o salmista chega a dizer: “Do seu trono lá no céu o Senhor ri e zomba deles”. Mas o Deus que não tem “prazer na morte do ímpio” (Ezequiel 18.32) faz um apelo final: que os homens se rendam “ao filho” (v. 11), pois isso é que é viver! Viverão para sempre (João 3.16).

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