Pr. João Soares da Fonseca
Era uma vez um rei, que ficou muito doente, “à beira da morte”. Então o pastor foi visitá-lo. Mas foi uma visita estranha, porque ao invés de consolá-lo, ler a Bíblia e falar da graça de Deus, o pastor foi categórico e até antipático: Majestade, vim trazer-te uma mensagem de Deus, que se resume no seguinte: “Morrerás e não viverás”.
O rei, que já estava abatido por causa da enfermidade, diante dessa palavra, entrou em crise: “virou o rosto para a parede, orou ao SENHOR”. Além de orar, sentindo o impacto da notícia da proximidade do fim de sua vida na terra, “chorou muito”.
Então o pastor retornou ao palácio com uma nova mensagem de Deus para o rei. Nela Deus dizia: “Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei quinze anos à tua vida”.
A história, registrada em Isaías 38, se passou com Ezequias, rei de Judá, e o pastor não é outro senão o próprio profeta Isaías.
O salmo 6 foi escrito por alguém que estava doente e orou a Deus pedindo cura (v. 2). Como aconteceu com o rei Ezequias, Davi também chorou por causa de sua enfermidade: “Estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar em lágrimas a minha cama, inundo com elas o meu leito” (v. 6). Na hipérbole, sua cama se tornou uma lagoa de lágrimas.
É impressionante a rapidez com que Deus respondeu a Ezequias. É impressionante a rapidez com que o Senhor respondeu também a Davi. Por isso, o salmista declama: “O SENHOR já ouviu a minha súplica, o SENHOR acolheu a minha oração” (v. 9).
Oxigênio da alma, a oração é prática indispensável na espiritualidade cristã. O pastor metodista inglês Samuel Chadwick (1860-1932) foi quem primeiro alertou a igreja sobre a seriedade com que o Diabo encara a oração: “A maior preocupação do diabo é afastar os cristãos da oração. Ele não teme os estudos, nem o trabalho e nem a religião daqueles que não oram. Ele ri de nossa labuta, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando nós oramos.” Você podia orar mais!