Pr. João Soares da Fonseca

Áudio Pastoral

Nos tempos da Polaroid, um fotógrafo ganhava a vida estacionado numa pracinha da cidade. Um dia, uma jovem passou por ali e teve a ideia de tirar uma foto. Com a Polaroid, não sei se você se lembra, o filme não precisava ser revelado. A foto saía prontinha na hora. Com isso, porém, a qualidade da foto não era lá das melhores. Pra complicar, a jovem não era, digamos, uma candidata a Miss Universo. Fez pose, e o homem clicou. Ao ver a foto, a moça ficou inconformada: “Isso não está certo! O senhor não me fez justiça!”. O fotógrafo examinou a foto novamente e disse: “Senhorita, você não precisa de justiça; o de que você precisa é misericórdia”.
No salmo 9, temos um cântico em que Davi louva a Deus (vv. 1-6), de todo o seu coração (v. 1). Em Deus ele se alegra e canta (v. 2). A razão dessa adoração é o livramento e a vitória que recebeu de Deus.
Além de louvar, Davi também se curva em temor diante de Deus (vv 7-9, 15-17), do Deus que “julga o mundo com justiça, governa os povos com retidão” (v. 8). Lemos ainda que “O SENHOR é conhecido pela justiça que executa” (v. 16).
Ao mesmo tempo em que é juiz perfeito, Deus é também um “alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia” (v. 9). É o lado misericordioso de Deus. Temos um Pai que se coloca ao lado dos seus filhos, enquanto “os ímpios… [e] todas as nações que se esquecem de Deus” irão para o inferno (v. 17).
Davi louva, teme e confia no Senhor, que jamais o decepcionará; “porque tu, SENHOR, não decepcionas os que te buscam” (v. 10). É um Deus que “não se esquece do clamor dos aflitos” (v. 12). O autor termina revisitando o tema da nossa fragilidade: “Que as nações saibam que não passam de mortais!” (v. 20).
O Senhor é soberano. Não precisamos ter medo como o da garotinha, que orou assim: “Senhor, abençoa meu pai, minha mãe… e ó meu Deus, cuida bem de ti mesmo, porque se alguma coisa te acontecer, estamos perdidos”.

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