Pr. João Soares da Fonseca
Leslie Thrasher (1889-1936) foi um conceituado pintor norte-americano. A revista Saturday Evening Post publicou 25 capas de sua autoria. Numa delas, chamada “Virando a balança” (Tipping the Scales), mostrava-se uma senhora comprando um peru para o Dia de Ação de Graças.
O açougueiro, detrás do balcão, pesa o peru na balança. A freguesa, de uns 60 anos, de pé observa a pesagem. Os dois parecem contentes. Olhando assim, não se percebe nada de estranho no quadro. Mas quem espremer os olhos verá que o açougueiro está com o dedo indicador pressionando disfarçadamente a balança para baixo, enquanto a mulher, também com o indicador, está empurrando a balança para cima. Os dois ficariam insultados se fossem chamados de ladrões.
A depravação total da raça é a doutrina mais fácil de ser comprovada: é patrimônio que se multiplica misteriosamente; é caixa eletrônico explodido a dinamite; é bullying nas escolas; é estupro… A sociedade faz o que faz, porque o homem é o que é. A Bíblia compara o pecado a uma doença grave, a um mal generalizado, em que todos os membros do corpo são afetados e ficam comprometidos.
No Salmo 14 se lê: “DISSE o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O SENHOR olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl 14.1-3). A corrupção moral deriva de uma convicção intelectual, ou seja, a de que não há Deus. O Comentário Africano chama isso de “o credo do insensato”. Com isso, o comportamento humano é rebaixado para a segunda divisão do nível animalesco. Se não há Deus, então eu não sou imagem dele e, portanto, sou apenas mais um bicho na floresta sem sentido da existência. Ao se distanciar do divino, o humano se torna desumano.