Pr. João Soares da Fonseca
No Canadá, como também nos Estados Unidos, os proprietários de veículos têm a liberdade de personalizar a placa do carro: podem fazê-la de tamanho que quiserem, da cor que desejarem, podem incluir dizeres, mensagens que considerem relevantes, desde que com oito letras… Postas estas preliminares, vamos à história: Esmeralda Faria é portuguesa de Coimbra, mas escolheu o Canadá para viver.Reside em Toronto desde 1987. Convertida a Cristo, mandou instalar em seu carro uma placa com os dizeres: “Try Jesus” (Experimente Jesus).
Por 20 anos, dirigiu para cima e para baixo sem problema, até que no dia 25-09-2015 recebeu uma carta do governo dando um ultimato: que tirasse imediatamente a placa. É impressionante como o nome de Jesus é divisor de águas. Se ela colocasse algo como “Deus é bom”, ou “Deus é fiel”, não haveria problema. Mas Jesus… O Canadá, que se ufana de ser território da liberdade, que tolera todas as religiões, que se orgulha do seu pluralismo, não consegue absorver a mensagem que há no nome de Jesus.
A intolerância para com o Salvador já havia sido denunciada no tempo em que ali vivíamos. Soubemos de uma reunião convocada pelo Governo, algo como um culto ecumênico, em que todos os representantes dos grandes segmentos religiosos foram convidados. Mas ao pastor evangélico se fez a solicitação, para não dizer imposição, de que não falasse no nome de Jesus. O muçulmano pode falar de Maomé, o budista pode exaltar Buda, o judeu pode elogiar Moisés, o kardecista pode celebrar Kardec… mas o cristão não pode recomendar Jesus. E olha que não estamos falando de países fechados, onde o nome de Jesus é terminantemente proibido.
O fato nos recorda Pedro e João, que, na Jerusalém do primeiro século, foram exortados por líderes religiosos a “que não falassem nem ensinassem em nome de Jesus” (Atos 4.19). Mas eles foram firmes: “…não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” (Atos 4.20).