Pr. João Soares da Fonseca
Li a história de um jovem revolucionário, que foi preso e levado ao tribunal. A sentença que recebeu foi a pena máxima: seria executado por um pelotão de fuzilamento em praça pública.
Minutos antes da execução, deu-se-lhe a oportunidade de dizer algumas palavras, que certamente seriam as suas últimas. Enchendo-se de coragem, o jovem deixou com os seus executores esta inquietante indagação:
― Eu sei por que estou morrendo. Estou morrendo por um ideal. E vocês, por que estão vivendo?
Saber por que se vive é tão importante quanto a própria vida. Do contrário, não é vida o que se tem, mas um certo deixar-se conduzir pelos descaminhos da existência. Seria algo como um barco à deriva no meio do oceano, jogado daqui para ali pela ditadura das ondas. Diferente, porém, é a situação de um navio onde há um comando inteligente e cujo norte é seguramente identificado por uma bússola. Bem orou o salmista: “SENHOR, faze-me saber teus caminhos; ensina-me tuas veredas” (Salmo 25.4).
Em 1955, dois irmãos norte-americanos, Richard e Bo Baker, compuseram um hino, popularizado nas cruzadas de Billy Graham deste 1957 em Ohio (EUA). O hino, gravado e regravado dezenas de vezes no Brasil, diz: “Deus tem um plano para cada criatura”. Tal declaração reflete com propriedade o ensino geral da Bíblia de que não vivemos abandonados neste mundo. Embora às vezes não pareça, há um plano, um desenho (ou “design) por detrás das circunstâncias. Cada pessoa deve ser estimulada a proceder a um exercício de busca desse plano divino. É triste viver sem um propósito. A sensação experimentada por quem assim vive é a de vazio absoluto e total ausência de significação.
Feita a busca e identificada a vontade de Deus para a sua vida, o passo seguinte, que se espera de uma pessoa de fé, é que harmonize e alinhe seus caminhos aos de Deus. É nisso – ensina a Bíblia – que reside o segredo da verdadeira felicidade.