Pr. João Soares da Fonseca

Durante este mês de agosto, ao celebrar os 134 anos de existência desta Igreja, estamos trabalhando com o tema Frutificando e Multiplicando. São dois gerúndios colocados lado a lado, para nos lembrar essas duas realidades que devem estar constantemente presentes na vida da igreja. A base bíblica é Atos 5.14: “Cada vez mais agregava-se ao Senhor grande número de crentes, tanto homens como mulheres”.

O grande atrativo da igreja é a sua mensagem de perdão e salvação. Se uma igreja fizer muitas coisas mas deixar de anunciar a graça de Cristo, estará prestando um desserviço tanto a Deus quanto aos homens. Como aconteceu em Jerusalém no início da Igreja, o crescimento numérico deve acontecer como resultado de crescimento espiritual. Jesus lembrou que o ramo que não esteja ligado ao tronco é infrutífero: “O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira; assim também vós, se não permanecerdes em mim” (João 15.4). Frutificar é, portanto, uma obra de natureza espiritual. Não é produto de um marketing inteligente, não resulta meramente da adoção de métodos engenhosos, mas é consequência de um relacionamento vivo com Cristo. É Ele quem nos faz dar frutos espirituais. Ao registrar a história da igreja de Jerusalém, Lucas não deixou dúvidas sobre quem era o propulsor do crescimento: “E o Senhor lhes acrescentava a cada dia os que iam sendo salvos” (Atos 2.47). É extremamente importante que identifiquemos o sujeito desta oração: “o Senhor…”. Sem Ele, nossos esforços se diluem; sem Ele, desperdiçamos nossas energias, ficamos extenuados e nos frustramos por não ver os frutos.

Ao concluir o relato sobre a implantação do diaconato, Lucas comemora: “E a palavra de Deus era divulgada, de modo que o número dos discípulos em Jerusalém se multiplicava muito, e vários sacerdotes obedeciam à fé” (Atos 6.7). Não nos esqueçamos de que o nosso Deus é o Senhor da Multiplicação.

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