Pr. João Soares da Fonseca

Era uma vez um pequeno grupo. Apenas quatro pessoas: três mulheres e um homem. Eram todos estrangeiros. O casal William e Anne Bagby eram americanos, missionários enviados ao Brasil. A outra pessoa era Mary O’Rorke, provavelmente irlandesa, que trabalhava para os Bagby como empregada. A viúva Elizabeth Williams era escocesa e dona de uma pensão. Moravam todos no Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, cidade que somava então 416 mil habitantes.

Bagby havia chegado de mudança um mês antes (24-07-1884), vindo da Bahia. Na primeira semana, conheceu Elizabeth Williams, que era membro da Igreja Batista em Londres, pastoreada por Charles Spurgeon. O grupo se reunia na sala da pensão e se organizou, no dia 24 de agosto de 1884, dando-se o nome de Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Foi na rua Senador Cassiano, no bairro de Santa Teresa.

Menos de duas semanas depois, aquele pequeno grupo começou a se reunir na Rua da Aclamação, 65, hoje Praça da República. Pouco mais de um mês depois (01-10-1884), o pastor Bagby realizou, nas águas da Praia de Botafogo, o batismo de dois ingleses: David e Luiza Law. A 1 de janeiro de 1885, batizou o primeiro brasileiro: Cândido Joaquim de Mesquita, que era presbiteriano. A 27 de abril, batizou-se o primeiro brasileiro católico: José Lourenço Barcellos. E em novembro daquele ano, batizou-se a primeira mulher: Castorina Adélia de Castro.

O pequeno grupo começava a crescer. Mas não sem dificuldade. Em mensagem à Convenção Batista Brasileira, em Recife, em 16 de janeiro de 1926, Babgy contou: “Durante os primeiros dez anos, o trabalho do Rio de Janeiro foi dificílimo e muito desanimador. Não havia quem quisesse ouvir a Palavra de Deus. O povo era indiferente” (AZEVEDO, 1988, p. 150).

O pequeno grupo cresceu e se multiplicou inúmeras vezes e, sob a liderança do Espírito, se multiplicará ainda mais, porque Deus ainda não concluiu essa Obra.

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