Min. Kely Decotelli
Histórias de Resgate e Salvação
Histórias dramáticas de salvamento sempre cativam a atenção e os afetos daqueles que cultivam a empatia, mesmo quando do outro lado encontra-se um completo desconhecido.
No último dia 23 de junho, doze meninos de um time de futebol ficaram presos em uma caverna na Tailândia. Depois de nove dias de busca, eles foram encontrados, o que deu início a um longo procedimento de resgate. Um mergulhador tailandês morreu durante o salvamento.
Em 1972, um avião que levava um jovem time uruguaio de rugby caia na Cordilheira dos Andes. Após o cancelamento das buscas, dois dos dezesseis sobreviventes, desbravaram as montanhas congeladas e conseguiram o resgate depois de quase três meses do acidente.
O profeta Jonas também foi convocado para uma missão de salvamento. No entanto, considerou que seus alvos, os Ninivitas (sanguinários e algozes de seu povo), não valiam a pena. Ele relutou em compartilhar a mensagem que moveria o coração daquele povo ao arrependimento . No capítulo 4 do livro de Jonas, vemos o sentimento de frustração do profeta diante da salvação ali manifesta.
Enfim, temos Jesus, que num ato de completa identificação se torna um de nós e assume nosso lugar na cruz. Paulo afirma que “Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5:7-8). Esse é o maior milagre de salvação que a história pode contar. Ele se entregou como amigo amoroso até o fim (Jo. 15:13), quando ainda éramos inimigos (Rm 5:10).
Quando entendemos que todos carecemos de socorro, afinal todos somos pecadores (Rm. 3:23), passamos a olhar nosso próximo (Ninivitas, Uruguaios ou Tailandeses) com solidariedade. Assim, a maneira como nos identificamos com aqueles que precisam ser salvos definirá nosso desejo e pressa em resgatá-los.