Pr. João Soares da Fonseca

Em seu livro, com o título puro e simples de Política, o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) define o ser humano como “animal político” (“Zoôn politikôn”). Como seres gregários, que vivem em sociedade, expressamos a nossa animalidade política em todo o tempo, quer o percebamos, quer não.

Hoje é dia de eleição no Brasil. Chegou a hora de escolher os nossos representantes. É hora solene, de imensa responsabilidade, porque, como em tudo na vida, as más escolhas acarretam graves consequências. Está aí a história recente do País mostrando que não é bom negócio brincar com cédulas eleitorais. Nossas decisões afetarão milhares de pessoas que, neste momento, estão lutando sem emprego, sem escola, sem segurança… Sabemos que muitos brasileiros estão simplesmente desencantados com o Brasil, e por isso fizeram a opção pelo aeroporto. Jovens formados, talentos reconhecidos, estão preferindo ir embora do País a esperar que alguma coisa melhore por aqui.

Cidadãos do reino de Deus, mas tendo ainda os pés neste mundo, é nossa responsabilidade escolher prudente e criteriosamente os nossos representantes. Temos liberdade para isso. Como afirmou o mesmo Aristóteles, “O homem livre é senhor de sua vontade e somente escravo de sua própria consciência”. É preciso, pois, votar com consciência. Para isso, impõe-se analisar as propostas do candidato, ver a viabilidade de elas serem implementadas, pesquisar a vida dos proponentes, conhecer os valores que defendem, a ideologia a que servem… enfim, votar é trabalhoso.

O crente tem ainda ao seu dispor o recurso poderoso da oração. Oremos a Deus, pedindo orientação sobre em quem votar. Lembrando que “quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme” (Provérbios 29.2).

O que não pode é o animal político usar do seu livre arbítrio para escolher um político animal.

“Salve Deus a minha Pátria!”

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