Pr. João Soares da Fonseca

Ludovico era um artista. Só não era um profissional melhor porque bebia demais. Na década de 60, ele era um dos dois pintores de placas e paisagens de Colatina (ES). O outro, Speridon, era batista.

Mesmo ganhando bem, Ludovico não conseguia melhorar de vida. A bebida consumia tudo. Morava numa casa velha, móveis quebrados, e quando chovia, era goteira pra todo lado.

Aquele profissional excelente precisava de Jesus para desentortar a sua vida. Um amigo crente o convidava sempre para ir à igreja. Ludovico não ia, mas seu coração temente a Deus o levava a ouvir pregações no rádio.

Casou. E em 1966, a esposa Nadegja esperava o primeiro filho. Na véspera do parto, Ludovico bebeu demais, ao ponto de nem conseguir levar a esposa ao hospital. Uma vizinha fez isso.

No hospital, a situação se complicava: o bebê não nascia, a esposa estava mal. O médico chamou Ludovico e lhe disse: “O senhor tem que escolher: ou salvamos a mãe ou salvamos a criança”.

Sentindo-se culpado, desesperado e só, Ludovico ainda alcoolizado ajoelhou-se no quarto do hospital diante de um crucifixo na parede e ali derramou a sua alma. Orando e chorando, prometeu a Deus que iria mudar de vida, mas que salvasse a esposa e o filho.

O Deus que ouve orações calmas ou desesperadas atendeu ao pedido do pintor. O bebê nasceu cianótico, azul arroxeado, por falta de oxigênio, mas sobreviveu saudável, recebendo o nome de Tarcísio. Hoje, Tarcísio é cirurgião geral na cidade de Indaial, perto de Blumenau (SC).

Hilário Ludovico da Silva (1936-1976) cumpriu sua palavra: converteu-se a Cristo e foi fiel testemunha até partir, aos 40 anos. O impacto de seu testemunho pode ser medido pelo fato de que há hoje em Colatina uma rua chamada “Rua Pintor Ludovico”, no bairro de São Silvano.

“Esta palavra é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Timóteo 1.15).

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