OS SALMOS DE LAMENTAÇÃO – IMPRECATÓRIOS – I
Salmos 3; 4; 5; 6; 7; 9; 10; 12; 13; 14; 17; 22; 25; 26; 28; 31; 35; 36; 38; 39; 41; 42; 43; 44; 49; 51; 52; 53; 54; 55; 56; 57; 58.
“Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.” (Salmo 51.12)
Lamentação X Confiança: A primeira constatação a destacar é que o salmista sabia expressar sua queixa com esmero. E há mais um ponto a ressaltar, que é a instância onde o salmista registra sua queixa: ele a apresenta exclusivamente a Deus, o que torna o salmo de lamentação em salmo de confiança. Assim, toda aflição é entregue ao Senhor na certeza de que, sem a intervenção divina, não solução para a dificuldade.
Salmos Imprecatórios -(Salmos 10; 35; 58; 59; 69; 70; 79; 83; 109; 129; 137; 140): Ao ler estes salmos dois pensamentos devem estar presentes: a sinceridade do salmista em apresentar a Deus todos os seus sentimentos, mesmo os que poderiam ser considerados humanos demais; e a sua decisão consistente de abrir mão do direito que ajustiça de Moisés estabeleceu e entregar todas as questões a Deus, deixando ao juízo dele a aplicação de=a pena condizente ao mal praticado.
As angústias do Sheol; Salmo 6: “Pois na morte não há lembrança de ti; na sepultura quem te dará louvor?”; Salmo 25: Protege minha vida e livra-me; que eu não me frustre, porque em ti me refugio.”- O sheol (49.14; 116.3) era o lugar que se acreditava ser o destino dos mortos, visto que no livro dos Salmos, como em todo o Antigo Testamento, não havia o claro entendimento da experiência após a morte na presença de Deus. Portanto, a morte física significava o fim. Neste sentido, suplicar pela preservação da vida era um pedido insistente, (…). Mesmo sem a esperança da eternidade, o mérito do salmista é que ele reconhecia que, em assuntos de vida e morte, só a Deus se pode recorrer. (Salmos 18; 28; 70; 88; 116)
O peso das dores: A enfermidade é um prenúncio da morte e a ela se associa. Em muitos momentos, o salmista se queixa da sua debilidade, embora sem clara especificação de uma doença. Antes o texto mescla a descrição de males físicos com enfermidades psicoemocionais. A presença de Deus e a ação divina de cura são pedidas para tais sofrimentos. (Salmos 38; 41; 6.2,3; 30.2,3; 31.9,10; 55.2-5; 102.2-7.)
O fim das lamentações: Uma lamentação não é um fim em si mesma. O fim é a intervenção de Deus para superar a aflição e renovar a fé daquele que confiou a Deus sua dificuldade: “Busquei ao Senhor e Ele me respondeu, livrou-me de todos os meus temores. Olhai para Ele e ficai radiantes; o vosso rosto jamais mostrará frustração. Este pobre homem clamou, e o Senhor o ouviu; livrou-o de todas as suas aflições.” (34.4-6)
PARA MINHA DEVOCIONAL. Tenho entregado os meus adversários nas mãos de Deus, ou continuo em luta contra eles? Os Salmos me motivam a ser mais sincero e aberto diante de Deus, qualquer que seja a aflição que estou vivendo? Busco balancear as minhas queixas sobre o que não tenho com gratidão por aquilo que Deus já fez e sempre faz por mim?
Elaine Amarante – Equipe de Resumos