Pr. João Soares da Fonseca
Era uma vez um menino que adorava nadar. Um dia, quando a temperatura ainda estava fria, ele pediu à mãe permissão para ir nadar. A mãe argumentou que estava frio demais para essa atividade. Então ele mudou o conteúdo do pedido: “Posso ir à beira do rio dar uma olhada?” A mãe concordou: “Mas só uma olhada, nada de nadar. A água está muito fria, e você vai acabar pegando uma pneumonia”.
Algum tempo depois, o menino voltou para casa, e a mãe percebeu que o cabelo dele estava molhado, mas as roupas enxutas. “Mas eu não disse pra você não nadar?” arguiu a mãe. E ele muito cinicamente: “Eu não fui nadar, só fui dar uma olhada”. “Ah é? Então me explique por que os seus cabelos estão molhados?”
Evitando gaguejar mas sem sucesso, o menino respondeu: “Eu estava no trampolim, e de repente, caí”. Como são todas as mães, aquela era esperta: “Então me diga por que suas roupas estão enxutas?” E ele, se enrolando cada vez mais: “É que eu tive um pressentimento de que ia cair, por isso tirei a roupa”.
Jesus nos avisou que a carne é fraca (Marcos 14.38). Daí a necessidade de vigilância. Precisamos evitar situações em que nos tornemos vulneráveis à tentação. É preciso não fazer como Aline, personagem de Adão Iturrusgarai. Diante da geladeira, ela diz: “Quando a gente faz dieta, só pensa em comida”. Então vai para a sala: “Vou olhar TV pra distrair”. E a TV está dizendo: “…depois, junte os camarões, adicione o creme de leite e cozinhe em seguida os cogumelos frescos…”.
Qualquer de nós está sujeito a ser picado pelo pecado. A pergunta do sábio tem resposta óbvia: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20.9). Ninguém! Portanto, por estarmos assim sujeitos a cair, por sermos assim tendentes a tropeçar, é que devemos procurar manter a máxima distância do pecado. E não fazer como o garoto da história.
Se a carne é fraca, não confiemos nela; vivamos no espírito.