O EXERCÍCIO CRISTÃO DA MORDOMIA

I Crônicas 29; Atos 4.

“A multidão dos que criam estava unida de coração e de propósito; ninguém afirmava ser sua alguma coisa que possuísse, mas tudo era compartilhado por todos.”  (Atos 4:32)

          Introdução – Na perspectiva bíblica, mordomia é a gestão humana responsável, por delegação divina, dos recursos disponíveis no planeta e na comunidade de fé para sua própria manutenção e para o custeio da obra do reino de Deus no mundo.  A capacidade para realizar com fidelidade e competência essa gestão vincula-se à imagem e semelhança de Deus no homem (Gn 1:26-31), a bênção do Criador sobre o gestor e ao domínio não predatório que este pode exercer sobre o ambiente natural dentro do qual vive.

          O espírito da mordomia em Caim e Abel (Gn 4:1-4) – Não basta dar para ser bem recebido. Deus rejeitou a oferta de Caim e aceitou a de Abel pela simples razão de que quer a alegria do ofertante, mais do que a oferta em si (II Co 9:7).

O espírito de mordomia em Abraão (Gn 14:18-24) – O que faz de Abraão o pai da fé (Gn 15:6; Rm 4:16) é sua capacidade de ver nas circunstâncias a mão de Deus. O patriarca percebe o sentido espiritual das coisas e, para além delas, o propósito de Deus para ele próprio e para seus descendentes.

          O espírito de mordomia em Davi (I Cr 29:1-9) – Se Abraão é o amigo de Deus (Is 41:8), Davi é o homem segundo o coração de Deus (I Sm 13:14; I Sm 16:7; At 13:22). A relação personalizada entre deus e o fiel está de novo presente, agora na experiência espiritual do rei de Israel. No tocante à questão da mordomia, esse espírito de humildade e senso de limites se manifesta no fato de que, não podendo ele próprio edificar o tempo ao senhor, aceita o papel coadjuvante e prepara o terreno para o sucessor. Não apenas usa os recursos do trono, mas dá de seus próprios bens para viabilizar a obra (I Cr 29:3).

O espírito de mordomia na visão de Cristo (Lc 20:19-26: 21:1-4) – Observando os que contribuíam no templo, o Mestre ensinou aos discípulos uma lição espiritual de grande valia. Ela não deprecia a importância da oferta dos ricos nem entra no mérito da intenção que os leva a ofertar. Simplesmente adverte os discípulos que não pensem que quem dá muito é superior a quem dá pouco.

          Conclusão – Mordomia é mais do que financiamento. Mordomia é entrega pessoal de si mesmo, o que inclui tempo, talento e recursos financeiros.

Marcia Cristina Pinheiro – Equipe de Resumos

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