Pr. João Soares da Fonseca

Diz o povo: “Quem não vive para servir não serve para viver”. A teologia da frase é duvidosa, especialmente por causa da conclusão (“não serve para viver”). Porque sempre há esperança de que a pessoa comece a servir.

No primeiro corpo diaconal da história da igreja, brilhou intensamente a estrela de Estêvão. Ele e mais seis outros homens, moral e espiritualmente qualificados, foram escolhidos livremente pela igreja para resolver um problema que se agigantava no interior da comunidade, comprometendo a união do grupo. O diaconato foi a resposta do Espírito Santo à tentativa do Diabo de dividir a igreja ainda no berçário.

O grande legado de Estêvão, porém, foi o seu corajoso testemunho ante uma multidão furiosa. Perecendo sob impiedosa chuva de pedras, Estêvão afirmou ver “o céu aberto”.

O que viu Estêvão nesse céu aberto? Viu Jesus. Confessou estar vendo “…o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus” (Atos 7.56). Paulo escreveu que “Cristo está assentado à destra de Deus” (Colossenses 3.1). O autor de Hebreus afirma que Jesus “havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3) e: “…havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus” (Hebreus 10.12). Espere aí: assentado ou em pé?

Jesus está assentado ao lado de Deus, vitorioso sobre o pecado, o inferno e a morte. Mas Estêvão viu Jesus “em pé”. Por quê? Porque o vitorioso Jesus, ao ver aproximar-se um dos seus redimidos, levanta-se do seu trono e vai à porta dar-lhe o abraço das boas-vindas. Com Estêvão não seria diferente. Até porque, o nome Estêvão, em grego stéphanos, significa “coroa”. Estêvão foi fiel até o fim e ganhou “a coroa da vida” (Apocalipse 2.10), o “diadema da vitória”, como diria Rosalee Appleby. Vale a pena servir ao Senhor até o fim!

Neste domingo, parabenizamos os diáconos pelo seu dia!

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