Pr. João Soares da Fonseca
Uma mulher foi fazer compras num shopping. E você sabe como shopping cansa! Ela também se cansou. Então comprou uma xícara de café e um saco de biscoitos. As mesas estavam quase todas ocupadas, mas achou uma em que um homem lia o jornal. Sentou-se ali e começou a tomar o café, lendo uma revista. Quase mecanicamente pegou um biscoito, achou uma delícia. Levantou os olhos quando notou que o homem estendeu o braço e também pegou um dos biscoitos. Achou estranho, ousado, mas não disse nada. Continuou lendo.
Daí a pouco, o homem pegou outro biscoito. Ela franziu o cenho, mas ainda não disse nada. E comeu outro biscoito. O homem sorriu e pegou outro biscoito. Ela pensou em explodir, mas ainda se conteve.
O homem por fim ia pegar mais um biscoito, quando notou que só havia um na sacola. Sorriu, quebrou o biscoito no meio, levantou-se e foi embora.
A mulher ficou à beira de um ataque de nervos. Mas que atrevimento! Fim do café, a mulher se levantou, pegou a bolsa e já ia saindo, quando notou que o saco de biscoitos que ela comprara estava completamente intacto em sua bolsa.
Ou seja: durante todo o tempo, ela havia comido os biscoitos do homem, pensando que era o seu próprio!
Você pode até rir, mas é assim que às vezes nos comportamos diante de Deus. Pegamos as coisas dele, usamos a natureza, que é dele (Salmo 24.1), aproveitamos tudo o que Ele nos dá, e ainda ficamos irritados, se ele espera a nossa gratidão.
A feiura da ingratidão pode se resumir em duas expressões. Uma delas, bastante usada pelo nosso povo: O ingrato é aquele que cospe no prato em que comeu. A outra vem do inglês, mas encerrando a mesma ideia: O ingrato é aquele que morde a mão que lhe dá a comida.
Otto Friedrich Bollnow escreveu: “Dificilmente existe outra qualidade do homem que melhor revele o estado de sua saúde espiritual e moral como a capacidade de ser agradecido”. Sem demora, peça a Deus um coração agradecido!