Pr. João Soares da Fonseca

Rhonda Wilson foi batizada na igreja Eastview, no Canadá, em junho de 2003. Uma irmã, em preciosa manifestação de carinho, deu a ela um quadro de presente. Rhonda veio me mostrar aquilo, como se fora um troféu. A frase estampada no quadro dizia: “O passado é história. O futuro é mistério. O presente é uma dádiva, e por isso se chama presente”. Paulo tomou uma decisão que bem lembra uma resolução de ano novo: “…esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo” (Filipenses 2.13).

O pastor Lewis Llewellyn contou de um hábito curioso de alguns coreanos. Desejando esquecer as coisas desagradáveis que aconteceram durante o ano, cada pessoa faz o seguinte: escreve cuidadosamente numa pipa as coisas ruins que lhe sucederam e erros que cometeu. Depois, dá linha à pipa, e vai dando linha, dando linha, até que ela esteja bem lá no alto. Quando já não mais consegue ver a pipa de cá debaixo, o coreano vai e corta a linha e deixa desaparecer aquele “pássaro de papel”. Para ele, suas faltas, falhas, frustrações, fiascos e fracassos foram todos levados para o desconhecido. Ele se sente livre daquilo (BOSCH, Henry G. in: TAN, Paul Lee. Encyclopedia of 7,700 Illustrations, #5720).

O artifício é, sem dúvida, ingênuo e supersticioso, mas bem retrata o desejo natural de nos livrarmos de nossas falhas passadas. Jesus Cristo providenciou um meio pelo qual nos livramos de todo o lixo que passou. Chama-se confissão e se resume na frase: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9). Quando nos tornamos reféns do passado, alguém mais leva o troféu em nosso lugar: Satanás leva vantagem, como escreveu Paulo: “A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; (…) 11 para que Satanás não leve vantagem sobre nós…” (2Coríntios 2.10,11). Como se o Diabo ganhasse o Oscar! Não entre no Ano Novo com ressentimento velho!

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