Pr. João Soares da Fonseca
Hora de Orar
Certa vez, um crente foi convidado a orar no culto. Mas ele orou tão baixinho, tão baixinho, que no final da reunião, um outro irmão o repreendeu: “Oh, irmão, você orou baixinho demais; não ouvi quase nada”. E o irmão da voz baixa respondeu: “Meu irmão, eu não estava falando com você”.
É claro que as orações em público, para serem acompanhadas por todos, devem ser feitas em voz alta. Mas o irmão da voz baixa estava certo: orar não é fazer um discurso para impressionar uma plateia, é conversar com Deus.
Orar não é falar ao vento. É dirigir-se a Deus: “Clama a mim”, instruiu o Senhor a Jeremias (Jeremias 33.3). Então a oração não deve ser dirigida a outra pessoa que não seja o Senhor Deus. Alguns acham que devem dirigir suas orações aos santos do passado, ou à mãe de Jesus, ou aos companheiros de Jesus, ou aos mártires do passado do Cristianismo. Há daqueles que oram às forças impessoais da natureza, ao sol, à lua, ao trovão. Outros a ídolos, a espíritos, a imagens, a um líder que supõem poderoso, aos mortos. Deus disse: “Clama a mim”.
Toda oração deve ser dirigida a Deus; Ele é a fonte de todo o poder. Um pastor, falando da relação de sua denominação com a oração, disse: “Em Atos 2, os crentes oraram 10 dias; a seguir, Pedro pregou 10 minutos, e 3000 pessoas foram salvas. Hoje, as igrejas oram 10 minutos, pregam 10 dias, e três pessoas são salvas” (Fonte: John Maxwell. Parceiros de Oração).
É preciso ser humilde para orar. A parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18.11,12) comprova isto claramente. O orgulhoso fariseu foi orar. Mas, em vez de orar, fez um discurso. Na essência do pecado está a declaração de suficiência do homem. Ao passo que na essência da oração está a renúncia a essa suficiência. Orar é, pois, a maior demonstração de humildade.
Nestes tempos assustadoramente pandêmicos, façamos da oração o nosso escudo e a nossa espada. Com o escudo nos defendemos. Com a espada atacamos.