Pr. João Soares da Fonseca
A sociedade carioca – e por que não dizer, a brasileira como um todo – ficou chocada com as notícias de algumas semanas atrás, dando conta da prisão do Pastor Everaldo Dias, líder do PSC (Partido Social Cristão), ao lado do afastamento temporário do governador. Ao mesmo tempo, coincidentemente ou não, divulgou-se que quem mandou matar o Pastor Anderson do Carmo foi a própria esposa, a Pastora Flordelis, que também é deputada federal.
Tais escândalos acabam por lançar lama no rosto do povo de Deus. O colunista Ancelmo Gois, do GLOBO, comentou: “É claro que tem muita gente séria e de bons princípios. Mas a prisão do Pastor Everaldo… não é um caso isolado, infelizmente. Há muita ocorrência policial envolvendo, principalmente, lideranças evangélicas, como o caso da prisão nos EUA, de Sônia e Estevam Hernandes, em 2007, líderes da Igreja Renascer, por transporte ilegal de dólares. (…) Além de outros pilantras notórios.” Gois não poupa ninguém: “A Igreja Católica também tem seus rolos, como os casos de pedofilia em várias partes do mundo e, mesmo agora, a acusação contra o padre Robson de Oliveira Pereira, suspeito de desviar R$ 120 milhões, de fiéis” (29-08-2020).
O uso do nome “cristão” exige muito de nós. Jesus disse: “…se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino do céu” (Mateus 5.20). Se alguém vai usar o título de pastor atrelado ao seu nome, precisa se comportar como um.
Certa vez, levaram à presença de Alexandre, o Grande, um soldado para ser julgado. Tendo perguntado: “Qual é a acusação?”, Alexandre ouviu: “Ele desertou de uma batalha”. Todos sabiam que a pena para casos como aquele era a de morte. O rei perguntou ao soldado: “Qual é o teu nome, meu filho?” O soldado respondeu: “Alexandre”.
Enfurecido, Alexandre, o Grande, se voltou para o Alexandre pequeno, e vociferou: “Soldado, ou você muda de conduta ou muda de nome”.