Pr. João Soares da Fonseca

Os Loucos Não Se Unem

Alguém publicou uma série de orações curiosas feitas por crianças. Numa delas, a menina Nancy diz assim: “Querido Deus, eu aposto que é muito difícil para o Senhor amar a todas as pessoas no mundo. Na nossa família somos quatro pessoas só, e eu nunca consigo”.

Felizmente algumas famílias conseguem. Certa vez, fui com o Pr. Pedro Manoel a Santa Tereza, a uns 80 quilômetros de Vitória, visitar um irmão, membro da Igreja Batista local, que adquirira uma fazenda.

O irmão nos recebeu muito bem. Disse que a fazenda, antes de ser sua, tinha fama de pouco produzir. Diziam que o solo era ruim. Em pouco tempo de trabalho, porém, a fazenda estava produzindo de modo surpreendente, graças a Deus e aos esforços dos seus sete filhos, que, segundo ele, trabalhavam unidos.

O tempo todo da conversa ali, na sala da fazenda, o irmão enfatizava a união dos filhos. Em seguida, nos levou a conhecê-los. Nossos olhos ficaram deslumbrados com o poder da união: os sete filhos estavam trabalhando juntos num pequeno pedaço de terra. E com eles ainda estava a esposa de um deles. Via-se união e alegria naqueles moços crentes. Aquela cena tanto nos comoveu que, ali mesmo, nos ajoelhamos todos, a céu aberto, e oramos ao Senhor, agradecendo a união que presenciávamos.

A união é prova de saúde mental e espiritual. Alguém estava visitando as instalações de um hospital psiquiátrico. Os internos passeavam, conversavam, como se nada tivesse acontecido com a saúde de cada um.

O visitante ficou impressionado com tudo o que viu. Era a primeira vez na vida que entrava num lugar assim.

A certa altura, percebeu a superioridade do número de internos por sobre o de funcionários. Preocupado, cochichou aos ouvidos do cicerone: ― Vocês por acaso não têm medo que eles se revoltem contra vocês? Afinal, eles são maioria aqui.

O cicerone sorriu e acalmou o visitante: ― Fique tranquilo, meu caro. Os loucos não se unem!

 

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