“Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.”
(Apocalipse 3.8)
As cartas enviadas pelo Senhor às sete igrejas da Ásia Menor servem de exemplo para todas as igrejas de qualquer tempo da história. Aqui, Deus continua sua avaliação.
Carta à Igreja de Sardes, (Ap.3.1-6) – Esta igreja não recebeu elogios, apenas repreensão. Apesar de ter boa reputação por parecer viva, forte, atuante e bem sucedida, logo é mostrada a declaração de que os crentes viviam de aparência. Aquela congregação já estava quase morta, pois muitos já haviam se afastado da vida de santidade, apenas alguns crentes verdadeiros e fieis a Cristo, não haviam se contaminado com o mundo. Ao se apresentar como aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas, Jesus declara sua autoridade divina sobre a igreja e seus líderes. “Sete” no Apocalipse tem sentido de perfeição. Jesus revela que Ele é o agente do reavivamento, a igreja pertence a Ele e Ele controla a igreja. As “sete estrelas” em suas mãos, são uma referência aos pastores da igreja. O problema de Sardes era a morte espiritual e Cristo é o que tem o Espirito Santo, o único que pode dar vida. A igreja precisa se submeter a Cristo para ser avivada ou morrerá, e sem santificação ninguém verá a Deus.
Carta à igreja em Filadélfia, (Ap.3.7-13) – Embora tivesse pouca força, fosse pequena, com poucos recursos, pouca influência e limitações materiais, esta igreja agradou ao Senhor. O Senhor revela que na igreja o relacionamento prioritário era entre Ele e sua igreja. Esta igreja se mostrou forte e deu testemunho dessa relação espiritual que a fez ser conhecida por sua obra missionária. Jesus se apresentou a igreja com três títulos: Aquele que é Santo, que é verdadeiro e que tem a chave de Davi, (“chave” significa ter o controle de tudo). Para esse tipo de igreja, Jesus coloca a “porta aberta”, que é a garantia de relacionamento e comunhão com o senhor e é também símbolo da entrada no reino do céu. Jesus tem a chave de Davi, a chave da salvação e da evangelização. Ninguém pode entrar quando Ele fecha. Cristo é quem tem a chave e abre a porta.
Carta à igreja de Laodiceia, (Ap. 3.14-22) – Esta igreja não recebeu um elogio sequer. Era uma igreja rica, mas espiritualmente era pobre. Jesus é identificado junto a igreja como: “A testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Laodiceia era uma igreja morna e arrogante, e por isso cega, já tinha perdido seus valores, sua visão, sua investidura espiritual, era uma igreja irrelevante. Jesus faz severa acusação e advertências para que se arrependa e busque riqueza espiritual. “Conheço tuas obras, sei que não és frio nem quente…” (Ap.3.15,16). Fica claro que nessa igreja, Cristo o Senhor da igreja, está do lado de fora.
Na prática, as lições e aplicações escritas nas cartas as igrejas, tem lições para as igrejas de hoje. As igrejas na atualidade precisam resgatar a capacidade de “ouvir” o que o Espírito continua dizendo à igreja. Precisam atuar vigorosamente em prol do seu testemunho e que não se achem como uma igreja morna de crentes mornos. É preciso proclamar a mensagem do evangelho. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Cristo está a porta da igreja e bate. Ele deseja entrar. É uma visita do amado da igreja que espera que a igreja abra a porta, que Ele entre, faça morada e que ceiemos juntos.
Que todos abram essa porta.
Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.