“Nosso Senhor e nosso deus, tu és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque tu criaste todas as coisas e, por tua vontade, elas existiram e foram criadas.” (Apocalispe 4:11)
O livro do Apocalipse contém tanto mistério quanto símbolos, contudo, não quer dizer que seja incompreensível ou que nos faça ter medo, muito pelo contrário, este livro deseja despertar esperança e fé, pois o Cordeiro de Deus venceu para sempre.
Neste capítulo o apóstolo João viu uma porta aberta no céu (4.1). O Senhor Jesus convida João a subir e ter uma visão da morada de Deus. Quando é conduzido até a porta, João viu “um trono no céu com alguém assentado sobre ele”(4.2). O trono é um lugar de honra, autoridade, julgamento, majestade, símbolo da sabedoria inabalável de Deus. Com efeito, João contemplava Deus em seu trono celestial, comparando seu esplendor com o brilho das pedras preciosas, jaspe a pedra branca, a mais pura, representa a santidade de Deus e sardônio a vermelha, o seu juízo. Ao redor há um arco-íris semelhante a esmeralda. O trono de Deus é de graça e misericórdia. A “porta aberta” também representa Jesus, que é a porta que conduz a salvação.
O trono de Deus é também um trono de juízo, dele saem relâmpagos, vozes e trovões, evidências do juízo e da ira divina, ardem sete tochas de fogo, que são os sete espíritos, (o número sete aplica-se ao Espirito Santo, indicando que seu poder e sua autoridade são totais e as sete tochas uma referência a lâmpadas portáteis da Antiguidade que simbolizam a participação na criação e revelação do Espírito de Deus, (Sl 104.30). Também é um trono de santidade, reverência e transparência representado pelo “mar de vidro”, tudo é transparente, limpo e puro como vidro. No céu não entra nada contaminado, porque Deus é santo.
Os quatro seres viventes (4.6-8), que estão no meio e a volta do trono, tem olhos que mostram que podem ver muito além do que pensamos. O primeiro é semelhante ao leão, (representa realeza, poder e temível predador), o segundo a novilho, (boi, animal conhecido pela força, mas pacificador, então novilho), o terceiro tem rosto como de homem (símbolo de inteligência e conhecimento) e o quarto é semelhante a águia quando está voando,(rapidez e precisão da visão), e proclamam sem descanso, Santo, Santo, Santo… (Ap 4.8,9), destacando a santidade daquele que estava no trono.
A visão dos “vinte e quatro anciãos”, são os que oferecem taças de incenso que são as orações dos santos. Eles aparecem junto com os quatro seres ao redor do trono, conclui-se que são seres angelicais que participam do governo que está sob o comando do Senhor. O número é uma cifra completa, que sugere os 12 patriarcas das tribos de Israel e os 12 apóstolos, simbolizando a reunião dos salvos de todos os tempos. Enquanto o cântico era entoado, os anciãos se prostravam diante do trono e o adoravam enquanto depositavam suas coroas de ouro em sinal de submissão.
A visão do trono de Deus é uma grande celebração de adoração ao Senhor. O louvor no céu também celebra a obra redentora realizada por Jesus, o cordeiro de Deus que consumou a salvação, que é oferecida a todas as pessoas e povos. O Criador entregou ao Redentor toda a autoridade no céu e na terra e os que o seguem jamais passarão despercebidos do seu amor e cuidado. Todos os crentes precisam estar prontos para adorá-lo declarando sua majestade sobre todas as nações, e entender que Ele está no controle de toda a história.
Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.