Pr. João Soares da Fonseca

A maior potência econômica do mundo elegeu há poucas semanas o seu novo presidente. O democrata Joe Biden venceu o republicano Donald Trump, que pleiteava um segundo mandato. A democracia é uma conquista da sociedade, e é preciso celebrá-la com os amigos e defendê-la dos inimigos.

Certa vez, um político derrotado nas eleições me confidenciou, no interior do Estado do Espírito Santo, que perder uma eleição dói muito. E parece que Trump não está sabendo administrar essa dor. Com gestos nada cordiais, ameaça não facilitar a vida do candidato eleito. Há quem sugeriu até que ele talvez deixe a Casa Branca à força, amarrado, numa ambulância, em evidente figura de exagero.

A reação de Trump à sua derrota prova que nem todo mundo está preparado para receber um “não” como resposta. Muita gente não sabe perder. Mesmo na vida cristã, temos aqueles que aceitam e festejam as bênçãos de Deus, e estão certos nisso. Mas ao perder alguma coisa, fecham os punhos e se revoltam contra o céu.

Se Trump tivesse sido criado numa Embaixada – essa fantástica organização batista que agrega meninos e rapazes de 9 a 17 anos – ele se lembraria que uma das Quatro Regras dos Embaixadores nos Esportes é: “Perder sem zangar”. Lembro que o comentário feito a essa regra era que, caso o time da gente perdesse, que isso fosse encarado com cavalheirismo, cumprimentando os vencedores. O site de uma embaixada é até mais prático: “…se perder, perca com um sorriso no rosto”.

Se tivesse aprendido com os Embaixadores do Rei a “perder sem zangar”, Trump não estaria agora dando esse espetáculo de imaturidade, que beira a patologia. Lembra mais um adolescente revoltado, por ter sido contrariado pelos pais, e não um estadista, como estes nossos tempos bicudos demandam.

A propósito, as outras regras são: “Ser honesto”, “Guardar os Lábios” e “Trabalhar em equipe”. Que pena que Donald Trump não foi Embaixador do Rei!

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