O ser humano desvia-se do propósito de Deus

(Gênesis 3)

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3.15)

O instrumento da tentação foi um animal,” a serpente”, que será mais tarde um dos nomes aplicados a Satanás (2Co 11.3; Ap 12.9). A figura do animal implica que o tentador não era divino, mas um ser sujeito a Deus (Jó 1.6,12; Is 44.6).

Deus não é o autor do pecado; o pecado foi um ato de desobediência à vontade de Deus, incentivado por um tentador maligno. Se a mulher tivesse resistido aos avanços do tentador, teria achado um meio de saída (1Co 10.13), mas, ao dar ouvidos à conversa, ela facilitou a vitória do inimigo. Os servos de Deus são chamados a resistir ao diabo, e “ele fugirá” ( Tg 4.7).

O casal tinha encontros regulares com Deus no jardim. Por causa do pecado, “esconderam-se da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim” (3.8). Mas, Deus tomou a iniciativa de buscá-los, como sempre faz e os encontrando, Adão ao invés de declarar seu pecado, lança uma acusação indireta contra Deus: “{…] tive medo, porque estava nu; por isso me escondi”(3.10). Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estava nu?

Deus é onipresente, onisciente, Deus fez essa pergunta não por não saber o que tinha acontecido, e sim para dar a Adão a oportunidade de responder a altura da responsabilidade do ato cometido e assumi-lo. Ao invés disso, Adão joga para Deus a culpa: “A mulher que me destes deu-me da árvore e eu comi.”(3.12). Inquirida de sua culpa, a mulher tentou desculpar-se: ” A serpente me enganou, e eu comi”(3.13).

Pecadores quase sempre se recusam a aceitar sua própria responsabilidade pelos pecados cometidos. Desse jeito, não há perdão, porque Deus exige arrependimento e fé, o que envolve a confissão de nossos pecados. (1Jo 1.9).

A principio, Deus admite a culpa do tentador, dirigindo-lhe imediatamente uma palavra de maldição. A serpente teria de andar sobre seu ventre e comer pó por toda sua vida (3.14,15), e coloca  inimizade entre a serpente e a mulher, e entre a descendência dos dois.

A descendência da serpente seria a linhagem humana dominada pelo mesmo espírito encontrado na serpente (Jo 8.44; 1Jo 3.10), da qual Caim viria a ser o primeiro representante. A descendência da mulher se refere à descendência daqueles dominados pelo espírito encontrado na mulher, agora arrependida.

A punição à serpente não significou isenção de culpa ao homem e sua mulher. Haveria consequências degradantes para a mulher: conflitos na sexualidade, dores no parto, dominação do marido, (3.16). Também o homem recebeu sua cota de castigo. O campo de onde ele tiraria seu alimento e sustento lhe seria hostil, exigindo-lhe um trabalho marcado pela fadiga e pelo suor, e produziria “espinhos e ervas daninhas” (3.17-19).

De modo algum, poderia Deus deixar impune o pecado, ainda que em sua misericórdia providenciasse  para o homem o Redentor, que viria a ser o seu Filho unigênito, Jesus Cristo (Jo 3.16,17), aquele que tem o poder sobre a morte e o mal.

Eva recebeu seu nome simbólico de “vida”, ou “mãe dos viventes”, talvez pela expectativa de Adão de que a raça se multiplicaria por ela, mesmo debaixo das maldições divinas (3.16).

Deus lançou o casal pecador para fora do jardim, afastando assim seu livre acesso à arvore da vida, pois seria ainda mais desastroso se o homem se tornasse imortal em seu estado pecaminoso, dessa forma não haveria para o homem qualquer chance de transformação de sua natureza.

O equilíbrio ecológico do Éden havia sido quebrado. Deus fez o mundo e tudo o que nele há com tanto amor e zelo para nós e até hoje  a natureza vem sendo perturbada pelo avanço desenfreado do capitalismo e egoísmo humano (Rm 8.22,23). Como servos de Deus devemos assumir nossa responsabilidade na preservação da natureza e do meio ambiente.

O pecado atingiu todas as formas viventes. Para cobrir sua nudez, as vestes de vegetais foram substituídas por vestes de pele, assim sacrificou-se o primeiro animal.

O amor de Deus por nós é tão imenso que Ele mais tarde dá seu único filho em sacrifício para nos salvar.

O homem não pode salvar-se a si mesmo. Sua reconciliação com Deus é iniciativa do próprio Deus. O meio para essa reconciliação é Jesus Cristo – ” o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Louvado seja Deus!

 

Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.

 

 

 

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