A Verdadeira Casa de Deus
(Gênesis 28-31)
“Despertando Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia.” ( Gênesis 28.16)
Como Esaú, quantos estão também hoje trocando a “bênção” por um prato de sopa ou até menos! O preço de tal inversão de valores (não investimento, mas inversão mesmo) pode ser muito elevado.
Uma vida de impiedade e incredulidade dos pais certamente acarretará dissabores à sua descendência. Por outro lado, pais tementes a Deus, que sujeitam suas atitudes e seus atos aos princípios da Palavra de Deus certamente trarão bênçãos incontáveis sobre as suas gerações. Foi assim no caso de Abraão, de Isaque, e agora também o seria na vida de Jacó.
Havia, para Jacó, a promessa feita por Deus a Rebeca (25.23). Não precisava ele usar de expedientes escusos para prosperar. Deus se encarregaria de fazer cumprir a promessa, mas Jacó quis “dar uma ajuda” a Deus. Com seu oportunismo, ajudado pela conveniência de sua mãe, agravou-se a crise entre os dois irmãos (cap.27).
Para escapar da ira do irmão e orientado pela mãe (27.41-46), Jacó fugiu para Padã-Arã, a terra do pai de Rebeca, sua mãe, para tomar esposa dentre as filhas do irmão dela (28.1,2).
Em sua primeira noite de viagem num lugar chamado Luz, Jacó recebeu de Deus uma revelação por meio de um sonho. Até aquele momento Jacó conhecia o Deus de seus pais, mas a partir dali ele passou a conhecer Deus por sí mesmo (28.10-17). Seus olhos estavam postos em Deus. Nele estava sua fé e esperança. A Ele, adorou e dirigiu suas oracões. Deus se revelou a Jacó e garantiu a promessa feita (28.15).
A fé tinha entrado na vida de Jacó em Betel, e agora veio o amor de uma mulher, a segunda maior dádiva de Deus a um homem. Em acordo com Labão, Jacó trabalharia por sete anos a fim de ter Raquel como esposa (29.18).
Ao fim do período, Labão fez um banquete de casamento e enganou Jacó, dando-lhe Lia, a primogênita, em vez de Raquel. Para ter Raquel a quem muito amava, Jacó aceitou trabalhar mais sete anos para Labão (29.21-30). Jacó estava ceifando o que tinha semeado ao enganar Esaú e seu pai.
A vida desse matrimônio foi assaz complicada. Ciúmes e intrigas marcaram as relações familiares. A poligamia, nem o concubinato estavam de acordo com a vontade do Criador.
Por sua habilidade com os rebanhos, sua entrega ao trabalho e, reconhece ele, com a ajuda do Senhor, Jacó prosperou e fez Labão prosperar. Em face dos conflitos que começavam a surgir (31.1,2), o Senhor disse a Jacó que voltasse para a terra de seus pais, prometendo-lhe proteção.
Quando percebemos que estamos fora da “terra da promessa” e afastados da “esfera da bênção”, devemos ouvir a voz de Deus que nos ordena a sair de onde estamos e retornarmos para o lugar de onde saímos.
Jacó consulta suas esposas a respeito da viagem de volta a Canaã. Nada melhor do que contar com a solidariedade e o apoio de toda a família. Decisões tomadas unilateralmente podem acarretar trágicas consequências. Jacó, então, dispõe sua família e seus bens e parte de regresso a Canaã. Tinha ainda por enfrentar a resistência de Labão em deixá-lo partir e a resistência de Esaú em deixá-lo entrar em Canaã.
Ao encontrar-se com Labão, Jacó confessou de modo especial sua fé no Deus verdadeiro (31.42). Para Jacó, o Senhor não era uma divindade qualquer, mas o verdadeiro Deus adorado pelo seu pai e pelo seu avô.
Como os pais influenciam os filhos pela sua fé em Deus!
Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.
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Excelente o comentário desta lição, que o Espírito Santo continue sempre inspirando em nome de Jesus Cristo.