Pr. João Soares da Fonseca
Liberdade para Crer (ou Não)
A frase “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo” é equivocadamente atribuída a Voltaire. Mesmo assim, ela resume bem o espírito da liberdade de expressão, ligada à liberdade de consciência.
No dia 14 de março de 1528, a cidade de Basileia, na Suíça, aprovou uma lei, obrigando os Taufer (anabatistas) a abandonarem “seus erros”, ou seriam multados em £ 5.
Em 14 de março de 1661, o Sr. William Leddra foi executado em Boston, por crer como os quacres creem.
Em 14 de março de 1897, nasceu Albert Einstein na cidade de Ulm, Alemanha. Cresceu, estudou, tornou-se professor universitário de matemática e física, mas renunciou à sua nacionalidade alemã por razões políticas e migrou para os Estados Unidos. A falta de liberdade, típica do nazismo, levou-o a deixar a sua terra em 1933 e ir ensinar em Princeton, Nova Jérsei, onde viveu até o fim da vida, em 1955.
Em 14 de março de 1930, um sacerdote ortodoxo, de nome Constantine A. Khlynov, interrompeu seu sacerdócio em Novorozhdestvenka, região de Bolsherechensky, Sibéria, porque foi preso pelos comunistas. Acusado de propaganda antissoviética, foi executado em Omsk a 8 de junho de 1930.
Em 14 de março de 2018, aqui perto da nossa igreja, a vereadora Marielle Franco foi covardemente assassinada, por razões ainda não esclarecidas. Embora seu estilo de vida não combinasse com o nosso, lembremos que o Novo Testamento não obriga ninguém a crer e a viver do modo como cremos e vivemos. Marielle era livre para viver como quisesse. Esquecer isso levou Tomás de Torquemada (1420-1498) a primeiramente confiscar os bens dos judeus de Castella e Aragão, depois a torturá-los e expulsá-los da Espanha.
Desde o princípio de sua história, os batistas defendem a liberdade de consciência. Cada um é livre para crer no que quiser, como disse Jesus: “Se alguém quiser vir após mim…” (Lucas 9.23).