Deus é Santo
(Levítico 11; Salmos 77;78)
“Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis por nenhum enxame de criaturas que se arrastam sobre a terra. Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo.”
(Levítico 11.44,45)
O texto bíblico nos revela por que Israel deveria buscar a santidade como estilo de vida. Santidade é uma condição do relacionamento com Deus. O Senhor era o Deus deles e uma de suas características é seu caráter santo. A santidade de Deus é tão plena e perfeita que até os céus não são santos a seus olhos (Jó 15.15). Enquanto a salvação é um ato, a santidade é um processo que todo salvo busca de maneira intencional e consciente. A santidade, como estilo de vida, deve ser a mais nítida expressão dos que vivem na presença de Deus.
Muitas vezes, entramos em convulsão emocional ante as aflições porque esquecemos quão santo é Deus. O medo é uma bênção, pois nos deixa atentos, mas o pânico é maldição, pois nos paralisa. O salmista suplica para não perder o foco e enxergar que o seu Deus está absolutamente no controle de todas as coisas. Nem nossa inquietação e convulsão emocional, oriundas das aflições da vida, norteiam a ação e caráter desse Deus santo. Sua santidade não lhe permite falhas, esquecimentos, infidelidade ou sadismo.
A grandeza e a santidade de Deus nos enchem de temor e reverência. O salmista canta que o Deus supremo e santo faz maravilhas e intervém bondosamente na vida e na história dos homens pecadores. Enfatiza como Ele subjugou acalmando e abrindo o mar para que seus desígnios eternos fossem estabelecidos no homem e por meio do homem.
É intrasferível a responsabilidade dos “pais” de ensinarem aos filhos uma vida santa e o perigo da apostasia. É clara a intenção de repassar a história da nação a fim de que as gerações futuras possam ser advertidas contra a repetição dos fracassos passados. Asafe desejava que as gerações futuras confiassem em Deus, aprendendo com o passado a obedecer a Palavra, o que trazia convicção da bênção do Senhor, um princípio que ainda é válido hoje.
Para muitos, Deus é um gênio da lâmpada, pronto a atender nossos desejos. A única maneira de ensinarmos a nossos filhos a bênção da santidade é nos submetendo por completo ao senhorio de Cristo. Santidade não se ensina com palavra, frases de efeitos, mas com uma vida santa.
No versículo 7, o salmista revela por que temos que ensinar nossos filhos sobre ser santo: A fim de que coloquem sua confiança em Deus e não em si mesmos ou numa força interior, mas no Senhor que fez o céu e a terra. Que não se esqueçam de suas obras, ser grato, é ser feliz, pois temos mais a agradecer, que pedir. Que guardem os mandamentos do Senhor. Esse guardar na Bíblia não é esconder, proteger, mas praticar na íntegra, obedecer. Esse é o caminho da santidade: praticar a Palavra de Deus.
Saber reconhecer os grandes feitos do Senhor é fundamental para não enveredarmos por caminhos errados. A santidade do Senhor é conhecida por suas ações. Neste salmo aprendemos os cinco frutos produzidos na santificação: Gratidão, Fé/Confiança, Esperança, Restauração e Sabedoria.
O salmista descreve com lucidez os erros que Israel cometeu: Ingratidão, idolatria, petulância, apostasia. Aprender com os erros dos outros nos faz sábios.
Os planos de Deus não são tempestivos, ocasionais ou fruto de uma situação ou circunstância. Eles são elaborados numa mente onipotente, onipresente e onisciente. O desfecho desse belo salmo nos enche de alegria, pois Ele não decidiu tratar-nos como realmente merecíamos. Os santos desígnios de Deus incluíam tratar-nos com graça e misericórdia. Os desígnios de Deus são santos por pertencerem a um Deus santo, porque eles são inescrutáveis, que ninguém pode frustrá-los, porque são infinitamente maiores e melhores que os dos homens, porque tudo é Dele, por Ele, e para Ele. Glória a Ele eternamente, amém.
Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.