Pr. João Soares da Fonseca

Críticos não Fazem uma Grande Obra
Com 82 quilômetros de extensão, o Canal do Panamá liga o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico. Antes de sua construção, os navios tinham que contornar toda a América do Sul, numa viagem demorada, cansativa, cara e perigosa.
Primeiro os franceses, que já haviam reunido experiência com a construção do Canal de Suez, no Egito, se lançaram a construir este também. Mas as dificuldades enfrentadas eram desanimadoras. O terreno era um viveiro de cobras venenosas, insetos de todo tipo, aranhas, além de doenças tropicais como a febre amarela e a malária. Muitos trabalhadores morreram, e o projeto foi cancelado. “O esforço francês faliu em 1889, depois de ter gasto US$ 287 milhões; cerca de 22.000 homens morreram de doenças e acidentes, e as economias de 800.000 investidores foram perdidas”, diz a Wikipédia.
Em 1904, os Estados Unidos assumiram a tarefa da construção. Depois de vários engenheiros militares terem desistido da direção, o presidente Theodore Roosevelt nomeou o nova-iorquino George Washington Goettals, em 1907.
Além das dificuldades naturais, como acesso, clima e doenças, a obra enfrentou muita oposição. Choviam críticas de todos os lados. Chegou-se mesmo a dar à obra o nome de “tarefa impossível”.
O responsável pela obra, porém, o Coronel Goethals, não era homem de deixar uma obra pela metade. Tinha os ouvidos fechados às críticas.
― O senhor não vai responder a essa gente? ― quis saber um trabalhador.
― No tempo certo! ― respondeu Goethals.
― Como?
― Com o canal.
No tempo certo, 15 de agosto de 1914, o Canal do Panamá foi inaugurado. Todas as críticas estavam respondidas.
Quando eu era adolescente, li um pensamento atribuído a um certo Luís Carlos: “As pedras que atiramos contra Deus, ao contato com o céu tornam-se estrelas”. 
A Obra do Senhor sofre muito com o tipo pessimista, que nada constrói. Que tal trocar o espírito crítico isso por uma rotina de intercessão?
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