Pr. João Soares da Fonseca

A Batalha

Contam de uma senhora idosa que vivia sozinha. Sem amigos para preencher suas horas vazias, ela se tornou “amiga” de Deus.

Um dia, recebeu uma visita, e o visitante lhe perguntou carinhosamente como era o seu dia típico. Ela respondeu: “Sempre começo o meu dia, lendo a Bíblia. Leio, leio, leio, até não conseguir ler mais. Depois, eu oro, oro, oro, até não conseguir orar mais. Em seguida, eu apanho um hinário e começo a cantar. Canto, canto, canto, até não poder cantar mais”.

Com um sorriso, aquela irmã concluiu: “Aí depois eu fico sentada pelo resto do dia, quieta, apenas deixando que o Senhor me mostre o seu amor”.

Nunca será exagero exaltar o lugar da oração na caminhada cristã. É surpreendente que os discípulos de Jesus tenham se dirigido a ele com um pedido singelo: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11.1). Eles não pediram: “Senhor, ensina-nos a pregar”. Não pediram ao Mestre que lhes ensinasse técnicas de ganhar almas, ou métodos de arrebanhar multidões. Não pediram que o Senhor lhes revelasse o segredo de arrecadar mais fundos para o sustento da Obra de Deus. Nada disso. Queriam apenas aprender a orar. A senhora Hope MacDonald, num livro intitulado Descobrindo Como Orar, afirma: “Podemos ler todos os livros sobre oração que já foram escritos, mas enquanto realmente não nos decidirmos a orar, jamais aprenderemos”.

Nestes tempos de tanto radicalismo político, espanta-me saber que muitos de nós deixaram de lado a arma mais poderosa que temos. Alguns de nós chegam às raias da zombaria quando dizem: “Se ficarmos só orando…”, como se a oração fosse apenas mais um recurso. Aprecio muito uma frase de Oswald Chambers em seu livro Tudo para Ele: “Quase sempre pensamos na oração como sendo preparação para a batalha, mas Cristo [agonizando no Getsêmani] nos mostrou que ela é a própria batalha”.

Que tal trocarmos as armas humanas pelas armas de Deus? Que tal usar menos as redes sociais e orar mais?

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