Pr. João Soares da Fonseca
Praia Violenta
Nosso povo conhece e usa muito a expressão “ser marinheiro de primeira viagem”. E banhista? Banhistas de primeiro banho costumam protagonizar cenas cômicas à beira do mar, se ali predominarem as ondas altas. Muita gente leva caldo ou caixote. No final da década de 90, Peggy e eu passamos uma semana de férias em Jaconé, praia do município de Saquarema, considerada a “Capital Brasileira do Surf” ou ainda o “Maracanã do Surf Brasileiro”. Ali, um irmão e amigo nos ofereceu sua casa de praia. Íamos até a beira da praia e ficávamos simplesmente olhando as ondas arrebentando ruidosamente na areia. Só olhando, porque a violência das ondas desaconselhava o banho.
Não é só os estreantes, porém, que são vítimas dos flagelos do mar. Mesmo pessoas familiarizadas com as ondas, podem sofrer quedas feias. Em 2012, a atriz Luana Piovanni, grávida, levou um chega-pra-lá de um mar estressado.
O ator Rodrigo Santoro, em 2019, estava surfando na praia da Macumba, aqui na cidade. Mesmo com toda a experiência de banhista vivido, durante as manobras o ator levou um caldo, ou seja, caiu da prancha e foi levado pelas ondas.
O caso pior, no entanto, é o de Otaviano Bueno, o Taiú, considerado um dos principais nomes do surf brasileiro. Mesmo acostumado a enfrentar as ondas desafiadoras do Havaí, o atleta levou um caldo na praia da Paúba, litoral norte de São Paulo, e aquilo não foi nada engraçado, porque saiu do mar tetraplégico. Foi no dia 1 de novembro de 1991.
O salmista sabia que as ondas do oceano da vida podem ser às vezes tão ferozes que nos derrubarão sem dó nem piedade. Por isso confessou: “Ouço o tumulto do mar revolto, enquanto suas ondas e correntezas passam sobre mim” (Salmo 42.7, NVT).
Se em algum tempo você ficar assustado com as “ondas e correntezas” da vida, lembre-se de buscar no Senhor a proteção. Como o poeta escreveu: “Se as águas do mar da vida quiserem te sufocar, segura na mão de Deus e vai”.