Pr. João Soares da Fonseca
A Alegria de Bem Receber
Na última assembleia de 2021, vários irmãos chegaram para a nossa igreja. Solicitei a um deles que dissesse como foi a sua vinda para o nosso meio. O irmão disse que veio visitar, e foi muito bem recebido.
Receber bem os visitantes, cumprimentá-los depois do culto, dar-lhes as boas vindas, perguntar-lhes os nomes, enfim, pôr em prática todo o “ritual” do bem receber, pode ajudar uma igreja a crescer.
No Canadá, logo que chegamos, em 2001, participamos de um seminário de um dia inteiro, dirigido por um grande pregador de lá. Chamava-se Bill McRae. Falando sobre a igreja ideal no século 21, Bill contou que uma das fraquezas das igrejas canadenses está logo na entrada: é a fria recepção ao visitante. E deu um exemplo pessoal:
“Toda vez que vou pregar em alguma igreja, minha esposa vai comigo. É ela quem dirige o carro. Eu desço na porta da igreja, e ela vai para o estacionamento. Sou recebido calorosamente quando me identifico como sendo o pregador convidado para aquele culto e, entre sorrisos e amabilidades, me levam até o pastor. Depois de estacionar, minha mulher entra sozinha, mas não recebe igual acolhida; entregam-lhe um boletim sem dizer nada, sem perguntar nada. Claro que o tratamento após o culto é outro, já que eu a apresento ao povo assim que me passam a palavra. Se a igreja de Cristo deseja crescer neste novo século, precisará melhorar a sua forma de tratar as pessoas, independentemente de serem elas crentes ou não, esposa de pregador ou não”.
Como se vê, o mal de não receber bem é universal. Mas nós podemos combatê-lo entre nós. Quando passo em frente a um edifício cuja placa anuncia reunir-se ali uma agremiação de natureza religiosa, fico me perguntando: Como seria eu aí recebido? É reunião apenas para os membros ou é aberta a todos? Serei bem-vindo ou visto como um intruso que desembarcou ali?
Recebamos bem os que nos visitam! Tão bem, que eles queiram pertencer à nossa igreja!