Moisés enfrenta Faraó
(Êxodo 7.19-10.29)
“Saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando estender eu a mão sobre o Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel”.
(Êxodo 7.5)
Em Êxodo, temos a narrativa das dez pragas que se abateram sobre o Egito. Esses eventos catastróficos foram dez chances que a graça de Deus concedeu a faraó para se arrepender da sua soberba e permitir a saída dos israelitas. Deus executou juízo sobre os deuses dos egípcios e sobre faraó, que se julgava um deus.
1. As águas se transformaram em sangue (Ex 7.19-25) – Os egípcios consideravam o Nilo como um deus. O Nilo é o mais extenso rio do mundo. Suas águas trazem nutrientes em abundância por onde passa e possui uma grande variedade e quantidade de peixes. Desse modo, a primeira praga feriu o Egito física e moralmente. As águas do Nilo tornaram-se fétidas e impróprias para consumo e todos os peixes morreram, inclusive, as espécies consideradas sagradas pelos egípcios. Os magos de faraó em vez de removerem a praga para provar que tinham poder, produziram mais praga. O deus Khnun, que dominava o Rio Nilo e todas as águas do Egito, foi arruinado, mas o rei endureceu o seu coração.
2. Rãs pra todo lado (Ex 8.1-15) – Faziam um barulho ensurdecedor. As rãs eram associadas ao deus Hapi e à deusa Heqt, que presidia os partos. Matar uma rã era um sacrilégio punível com a morte. Mais uma vez os magos de faraó em vez de acabarem com as rãs, produzem mais rãs. Faraó manda chamar Moisés e Arão e pede: “Rogai ao Senhor que afaste as rãs de mim e do meu povo” (8.8). No dia seguinte por intermédio de Moisés, morrem todas as rãs. Vendo-se livre do flagelo, faraó endurece ainda mais o seu coração e não deixa o povo ir.
3. Piolhos ardentes (Ex 8.16-19) – Esta praga não foi precedida de aviso nem de ameaça. Arão simplesmente estendeu sua vara e feriu o pó da terra, surgindo milhões de piolhos em tão grande escala nas pessoas e nos animais infernizando a vida no Egito. Dessa vez, os magos de faraó não conseguiram reproduzir a praga e tiveram que reconhecer: “Isto é dedo de Deus”.
4. Enxames de moscas (Ex 8.20-32) – Quando as águas baixavam no Delta do Nilo, ficava uma grossa camada de lodo, que facilitava a proliferação das moscas. Para comprovar que se tratava de uma ação do Deus dos hebreus, a terra de Gósen, onde eles habitavam, foi totalmente poupada das moscas. A praga, portanto, não foi um fenômeno natural, mas uma ferramenta a mais da misericórdia de Deus para quebrantar o coração de faraó.
5. A peste nos animais (Ex 9.1-7) – Deus manda um recado a faraó: deixa o meu povo ir porque senão ferirei os bois, vacas, jumentos, cavalos e ovelhas dos egípcios. Os animais dos filhos de Israel, porém, foram preservados porque dentre eles seriam escolhidos aqueles oferecidos a Deus nos atos de culto. Aqui, a poderosa deusa egípcia Apis, protetora do gado, foi desmascarada como uma crença inócua.
6. A praga das úlceras (Ex 9.8-12) – As cinzas do forno foram jogadas para o ar por Moisés na presença de faraó, espalharam-se por todo o Egito e provocaram úlceras nos homens, mulheres e nos animais que restaram da praga anterior. Essa praga foi uma ação direta de Deus. Sekhmet, deusa que curava todas as doenças na crença dos egípcios foi também submetida ao juízo divino. Os magos não podiam se manter em pé e curvaram-se em dores diante de Moisés e Arão. Nem assim faraó deixou o povo de Deus partir.
7. Pavor na terra e nos ares (EX 9.22) – Uma praga destruidora, de saraiva e fogo devastou todo o Egito, poupando apenas o território habitado pelos hebreus. Essa calamidade não atingiu apenas a saúde e os bens, mas a vida dos egípcios que estavam nos campos. Moisés estende seu cajado para o céu e começam a cair enormes granizos, seguidos de trovões e raios, fazendo a terra arder em chamas.
8. Gafanhotos (Ex 10.12-20) – Neste ponto da narrativa, Deus declara que as maravilhas que está realizando têm como objetivo levar os israelitas a saberem que Ele é o Senhor e a passarem aos seus descendentes. A praga dos gafanhotos surge para não deixar nada de vegetal com vida. Ao ver a destruição, faraó pareceu humilhar-se, mas assim que um vento, soprando do ocidente lançou os gafanhotos no Mar Vermelho, o rei novamente endurece o coração. Esta praga revelou a inutilidade do deus Osiris, protetor da vegetação e deus supremo do Egito ao lado do deus Rá.
9. Trevas palpáveis (Ex 10.21-29) – A praga das trevas derrubou o deus-sol, chamado de Rá, ao mesmo tempo deu aos egípcios e aos hebreus uma prova a mais de que Jeovah é o único Deus, pois nas casas dos hebreus, a praga não chegou. Deus estava fazendo uma última tentativa de quebrantar o coração de faraó antes da catástrofe final. Ao ver Rá desmoralizado, faraó ficou muito irado e ameaçou Moisés de morte.
Faraó foi alvo da graça de Deus, teve o privilégio de ver e provar o poder do Eterno e abandonar todos os falsos deuses do Egito e reconhecer o grande EU SOU como único e verdadeiro Deus, mas preferiu manter-se agarrado às suas crenças. Você já fez a sua escolha diante da manifestação da graça de Deus?
Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.