As pragas e a Instituição da Páscoa

(Êxodo 8.1-9-12.51)

“E, uma vez dentro na terra que o Senhor vos dará, como tem dito, observai este rito. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou.”

(Êxodo 12.25-27)

10. A morte dos primogênitos egípcios (Ex 12.29-36) – Jeovah disse, por meio de Moisés e Arão que, à meia-noite, iriam morrer todos os filhos primogênitos de todas as famílias do Egito, a começar pelo primogênito do próprio faraó e a primeira cria de todos os animais. Depois de nove pragas anteriores, era para faraó entender que não estava lidando com um homem dos hebreus, mas com o Deus dos hebreus.

Diante da insistência de Moisés em favor da libertação de Israel, faraó ofereceu várias alternativas: equipará Jeovah aos deuses egípcios e o culto a Jeovah aos cultos dos seus ídolos (Ex 8.25). Moisés, porém, sentiu a diferença e não aceitou oferecer a Deus as abominações dos egípcios. Satanás nos tenta a irmos adorar ao Deus do céu sem sairmos das proximidades do inferno.

Em nenhum momento, porém, Moisés pediu para serem liberados apenas os homens. Eles tinham que ir levando seus meninos, seus jovens, seu gado, tudo o que eram e o que possuíam. Satanás usa essa estratégia também, se os bens não estiverem no altar, mas a serviço do mundo, o coração não estará no altar de Deus, mas no mundo.

Não foi uma fuga atabalhoada. Houve uma cuidadosa preparação, que durou pelo menos quatro dias. Dois eventos concomitantes exigiram detalhado planejamento: A Páscoa, que marcava o início da nação israelita e que havia todo um ritual, inclusive, a consagração a Jeovah dos primogênitos de Israel, resgatados pelo sangue do cordeiro imolado, e a fuga. Segundo historiadores eram pelo menos dois milhões de pessoas entre homens, idosos, mulheres e crianças. Além dos filhos de Israel, partiu junto “uma mistura de povo” (Ex 12.38), provavelmente semitas, que souberam da fuga e resolveram escapar da escravidão.

Páscoa é a transliteração de uma palavra hebraica que significa “passar por cima” e refere-se ao fato do anjo destruidor, ao cumprir a ordem de Deus para matar os primogênitos do Egito, “passar por cima” das casas dos filhos de Israel, que estavam assinaladas pelo sangue do cordeiro imolado. Ao mesmo tempo, a Páscoa marcava o fim do cativeiro e o início da nação Israel. Ao dizermos que o sangue de Jesus foi derramado na Cruz, estamos declarando que Jesus

deu sua vida na Cruz por nós. Essa dádiva da sua própria vida, que Jesus faria na Cruz do Calvário, estava tipificada profeticamente na imolação do cordeiro pascal (Hb 9.22).

Na esperança da vinda do Messias, a Páscoa foi instituída na última noite de Israel no Egito e celebrada até a última Páscoa, aquela em que se cumpriu a promessa e nela o Cordeiro de Deus foi sacrificado. Para o mundo, que a tudo desvirtua fugindo do propósito de Deus, a Páscoa é a festa do coelhinho, dos chocolates e do bacalhau. Sem o sangue da Cruz de Cristo, não pode haver salvação, nem paz, nem alegria na alma, nem “Feliz Páscoa”.

Na celebração da Páscoa, Moisés instituiu a festa dos pães ázimos (sem fermento). A explicação para o uso desses pães, é a questão prática, por terem maior data de validade, e a questão teológica, que se baseia em vários textos bíblicos que associam o fermento com o pecado. Os israelitas precisavam de santificação para comerem o cordeiro que simbolizava a expiação. Era necessário observar também o rito da circuncisão.

Ao celebrarem a Páscoa na sua saída do Egito, os israelitas deveriam usar o sangue do cordeiro ou cabrito imolado para tingir os batentes e as vigas das portas de suas casas. O anjo da meia-noite podia ver a fé representada no sangue por dentro das portas, enquanto o sangue nos batentes pelo lado de fora, como geralmente se pensa, seria um escândalo e uma grave abominação para os egípcios, podendo provocar uma reação que colocaria em risco o plano de fuga.

A festa da Páscoa tinha como objetivo relembrar ao povo de Israel a libertação da escravidão. Hoje, temos a ceia do Senhor que nos faz recordar o maior ato de amor de Deus para com a humanidade, quando enviou seu único Filho para morrer pelo meu e pelo seu pecado.

 

Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.

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