Pr. João Soares da Fonseca
O Pecado de se Achar Importante
Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América (1775-1783), um grupo de soldados recebeu a incumbência de cortar árvores para a construção de uma ponte sobre um riacho. O trabalho era difícil, e o progresso era muito lento. Os soldados gemiam e suavam.
Um homem a cavalo apareceu e ficou observando o que os soldados faziam. Viu também que o líder dos soldados gritava ordens o tempo todo. O homem do cavalo disse ao líder: “Você não tem soldados suficientes, tem?” O líder respondeu que não. “Então, por que você mesmo não ajuda os soldados?”, perguntou.
“Eu?”, disse o líder da tropa com espanto, “mas eu sou cabo”.
“Entendi”, disse o homem, como se aceitasse aquela resposta como satisfatória. Em seguida, desceu do cavalo e começou a ajudar os soldados.
Quando terminaram, o homem montou novamente o seu cavalo, fez continência para o cabo, e se despediu dizendo: “Da próxima vez que houver trabalho a fazer e você não tiver homens suficientes, mande chamar o comandante-geral, que eu virei ajudar”. E saiu a galope. O homem do cavalo era o General George Washington, o grande herói da Independência americana, e que veio a ser o primeiro presidente daquele país (William Bennett, Moral Compassion, IN: McDOWELL e HOSTETLER, 1997, p. 291).
Um dos testes da grandeza de uma pessoa é sua reação ao receber alguma missão importante. Há pessoas tão cheias de si, tão amantes da ostentação, que a convivência com elas se torna praticamente impossível.
Recordemos o que disse João Batista, ao apontar para Jesus: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). Talvez este seja um dos versos menos conhecidos da Bíblia. E se conhecido, menos praticado. Não conheço ninguém que ore a Deus dizendo: “Faze-me menor do que sou para que a Tua grandeza seja vista em mim”. Nossa natureza egoísta quer ser honrada. É o pecado de se achar importante. Que o Senhor nos livre dele também!