Pr. João Soares da Fonseca

Estratégia de Um Predador Temido
Encaixotando as coisas para liberar o apartamento pastoral, eis que deparo alguns papéis soltos, anotações que fiz da leitura da Bíblia, da leitura de jornais, de livros outros.
Uma anotação em especial me chamou a atenção. Falava de tubarões sendo vistos em Pernambuco desde 1992. Copiei de O Globo, de 08 de novembro de 1998. Segundo a notícia, foram 30 ataques, 11 mortes, numa extensão de apenas 20 km, a começar da praia do Paiva em Cabo da Boa Viagem, Recife.
O artigo concluía com as autoridades recomendando à população algumas precauções. Não posso deixar de comentar uma delas: Ficar no mar em grupo. E em seguida, vinha a justificativa curiosa: Os tubarões normalmente atacam os solitários.
Veja você! Mesmo sendo um predador poderoso, o tubarão não se arrisca a atacar pessoas num grupo, mas “dá preferência” a quem esteja sozinho no mar. Lembrei-me imediatamente da comparação, frequente na Bíblia, dos crentes com as ovelhas. O maior perigo para as ovelhas é ficarem isoladas do rebanho. Sozinhas, ou seja, distanciadas umas das outras e longe do pastor, elas se expõem aos ataques fatais do lobo.
A companhia do povo de Deus se revela protetora da nossa fé. Um crente sozinho não tem como enfrentar o lobo de igual para igual. Além da proteção do pastor ao seu rebanho, as ovelhas mutuamente se fortalecem: orando umas pelas outras, encorajando-se reciprocamente, ajudando-se… É o mesmo princípio da brasa na fogueira e fora dela, tão bem explorado por vários pregadores. Enquanto está inserida no conjunto da fogueira, a brasa está viva. Mas a partir do momento em que se distancia do fogo, vai aos poucos perdendo calor até que, por fim, se torne uma brasa apagada, um simples carvão.
Não desprezemos essa iniciativa que Jesus teve, de deixar na terra um corpo que proporciona proteção, entusiasmo e vida: a igreja. Valorizemos a Noiva de Cristo!

 

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