O Fruto do Espírito Santo
(Gálatas 5;6)
“Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.”
(Gálatas 6.8)
Os dons espirituais são habilidades especiais que o E.S concede aos crentes com a finalidade de equipá-los para o serviço na obra de Deus. Por meio do uso dos dons espirituais, os cristãos são mutuamente edificados e o evangelho de Cristo é proclamado.
Os mestres judeus legalistas na Galácia estavam incitando os cristãos à prática da circuncisão (Gl 6.12,13). Paulo ressalta que ser circuncidado muda inteiramente a orientação da salvação que, em vez de ser pela graça de Deus, passa a ser pelas ações do indivíduo. É uma perda dupla: não pode ser justificado pela lei (Gl 2.16), e os que tentam fazer isso se separam de Cristo, fazendo com que sua morte redentora na cruz de nada lhes sirva. Paulo enfatiza: as obras da carne incluem porfias e emulações destrutivas, mas vão muito além delas. Onde existe esse comportamento existe a prova de que a pessoa não está vivendo no poder do E.S, mas está sendo instigada por Satanás e suas hostes (Mt 16.23; At 5.3).
Os dons do Espírito, traduzido da palavra grega pneuma (carisma), são capacidades sobrenaturais dadas pelo E.S aos membros do corpo de Cristo para aquilo que for útil (1Co 12.7), visando à edificação do corpo (1 Co 14.12). Tal capacidade é de caráter gratuito, ou seja, não se recebe por mérito, é dado segundo a vontade do E.S (1Co 12.11). Apesar do Espírito distribuí-los como quer, é preciso que o cristão os busque (1Co 12.31).
Os dons falam daquilo que os crentes possuem, ao passo que o fruto fala daquilo que se torna. Dom está relacionado ao que temos, e fruto ao que somos. Dom fala da habilidade de cada crente, ao passo que fruto fala do seu caráter. Os dons espirituais não provam o que se é; na igreja em Corinto, apesar de não lhes faltar dom, não eram espirituais, mas, carnais (1Co 3.1,3).
São ao todo nove dons. Podemos perceber a classificação dos dons espirituais em 1 Coríntios 12.8-10. Três destes dons falam dos dons do saber: palavra de sabedoria, palavra de conhecimento e discernimento de espíritos.
A palavra carne, no aspecto da Teologia bíblica, denota a fragilidade humana e a sua tendência para o pecado. Ela é a sede dos apetites carnais (Mt 26.41). O homem só poderá viver em novidade de vida e no poder do E.S se, pela fé, receber Jesus Cristo como Salvador. A natureza pecaminosa produz concupiscência, luxúria, desejos descontrolados e paixões impuras (2Pe 2.10).
Com a experiência do primeiro casal, veio a cobiça, o fruto da árvore que Deus havia ordenado que não comesse. Desejo que trouxe terríveis consequências para sua vida e para
a humanidade (Gn 3.6). Não permita que o desejo da carne, da velha natureza, domine você, comprometendo a santificação da vida cristã. Atente para o que Paulo ensinou às igrejas da Galácia a respeito da cobiça da carne contra o Espírito (Gl 5.17). Os desejos da carne serão sempre contrários à vontade de Deus.
De acordo com Romanos 6.22, depois de liberto do pecado, o crente precisa desenvolver o fruto do Espírito. Mas não se esqueça: os dons espirituais são dádivas, mas o fruto precisa ser desenvolvido, cultivado. O E.S desenvolve o seu fruto na vida do crente à medida que se aproxima de Deus e procura ter uma vida de comunhão e santidade. O E.S molda e ensina o que é certo e o que é errado à medida que o crente busca Deus em oração, leitura e estudo da Palavra. Por meio da Palavra de Deus, o E.S vai trabalhando gradativamente na vida de cada servo do Senhor, até que alcance a estatura de homem perfeito (Ef 4.13).
Há da parte de Deus um poder ilimitado a ser derramado sobre sua igreja ainda hoje, segundo a vontade e propósito daquele que distribui aos crentes como quer e a quem quer. Por isso, coloque-se à disposição para receber de Deus os dons espirituais que Ele deseja lhe conceder.
Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.