Pastora (e psicóloga) Maria Luiza Pinheiro da Conceição
A Igreja e o Setembro Amarelo
Algumas situações trágicas ao longo da vida podem se transformar numa motivação para evitar que outros passem pela mesma coisa. Assim surgiu a campanha do “setembro amarelo”, quando um jovem atentou contra a própria vida dirigindo um mustang de cor amarela. Esse fato deu início ao movimento de conscientização, apoio e prevenção do suicídio.
Na Biblia temos a história do rei Saul: “moço e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaia a todo o povo” (1Sm 9.2). Foi ungido como rei pelo profeta Samuel a pedido do povo que queria ter um rei. Apesar de toda beleza, destaque e realeza, ele era um homem inseguro, de baixa autoestima, e acabou perdendo tudo. Tudo indica que ele sofria de depressão (1Sm 16.14-23) e, por fim, deu cabo de sua vida (1Sm 31.4).
No ano 2000, saiu na capa de uma revista que a depressão seria a doença do século 21. Infelizmente, tem sido constatado o crescimento do número de pessoas diagnosticadas com essa doença; que pode ser causada por fatores externos (luto, perdas, estresses, ansiedade etc) ou fatores internos (hormônios etc).
Durante muitos anos as pessoas que sofriam desse mal sofriam com a incompreensão dos familiares, amigos e sociedade. A vida simplesmente perdia o “sabor”, o prazer; tomados por uma angústia (dor sem objeto), acaba parecendo que a saída está na morte. Mas não está!
Jesus diz “vinde a mim todos que estão cansados e oprimidos e eu darei alívio” (Mt 11.28); como igreja estamos aqui para ouvir e apoiar todos que se encontram dessa forma também. Se você se sente oprimido, procure ajuda, converse com alguém, não fique sozinho.