Os cuidados com o Ministério
(2Timóteo 1;2)
“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.”
(2Timóteo 2.22)
Timóteo é saudado com cumprimentos pelo apóstolo, desejando que a “graça, misericórdia e paz de Deus” sejam sobre sua vida e carreira ministerial. Paulo se identifica como “apóstolo de Cristo pela vontade de Deus”, mostrando sua convicção de missão recebida da parte de Deus (At 20.24). Timóteo é chamado de maneira carinhosa de “filho amado”, numa perspectiva de paternidade espiritual e multiplicação para a obra do Senhor. Uma pergunta a ser feita é: a quem, você e eu, podemos oferecer o mesmo tratamento e proposta de relacionamento discipulador com fins de multiplicação espiritual?
Preocupado com o ministério de Timóteo, Paulo exorta o jovem pastor à firmeza e constância no ministério. As orações constantes por seus filhos na fé são a base do ministério paulino. As memórias da convivência e investimento espiritual são relembradas pelo apóstolo, que descreve a importância do discipulado iniciado no lar de Timóteo, por meio de sua mãe e avó. Por isso, devemos encorajar as famílias a transmitir à próxima geração os grandes feitos do Senhor (Sl 78.4).
Paulo enfatiza as mãos impostas sobre Timóteo e encoraja-o a seguir firme com amor, coragem e equilíbrio na obra do Senhor, e o convida a continuar participando com ele das lutas presentes na causa do evangelho, mencionando que esta causa é nobre e que, apesar das dificuldades, o final será vitorioso, pois a graça de Deus conduzirá todas as coisas. Paulo fala ainda da preservação do modelo de fé e imitação a Jesus. Reitera a importância da mensagem do evangelho na vida daqueles que são alcançados por ela. Exorta Timóteo a “guardar o bom tesouro”, que é a Palavra de Deus, em seu coração. Também compara os que são fiéis ao chamado de Deus e servem na causa do evangelho com aqueles que abandonam a fé e dão mau testemunho da obra do Reino de Deus. Cita a família de Onesíforo como exemplo a ser seguido por outras famílias, pois sua dedicação à obra do Reino será recompensada.
“A expressão tu, porém que Paulo utiliza, coloca Timóteo em intensa oposição aos falsos mestres, com sua inerente impiedade. Paulo usa para se dirigir a nós, como disse a Timóteo: permanece naquilo que aprendeste. As exortações em relação ao evangelho: guarda-o porque é tesouro valioso; sofre por ele; permanece nele porque é a verdade de Deus; prega-o porque é boa-nova de salvação”.
Fortalecido na graça de Jesus, Timóteo deve multiplicar o aprendizado recebido a crentes fiéis, para que alcancem outros com a mesma proposta. O discipulado tem esse viés de multiplicação espiritual (fazer discípulos).
Na continuidade, Paulo apresenta o exemplo de Jesus e a importância do seguimento a Ele em tudo. Pede que Timóteo medite nas orientações, sabendo que o Espírito Santo dará entendimento apropriado. Ao mencionar a lembrança do Jesus ressurreto e vitorioso, Paulo intenta mostrar a consolidação do evangelho e das promessas divinas. Afirma, então, que vale a pena sofrer por essa causa, lutar o bom combate da fé, sabendo que no final a vitória é certa. É crendo nessa realidade que segue fiel à missão, sabendo que a salvação é um presente de Deus aos fiéis.
Assim, cita a credibilidade da Escritura e menciona que aqueles que estão dispostos a morrer no Senhor, com Ele viverão eternamente. Alerta para não negarmos a Deus e sua promessa de vida plena.
Paulo recomenda a Timóteo sobre a importância de suas atitudes como ministro da Palavra. Exorta-o a não entrar em discussões sem fim, que só prejudicam a comunidade. Vale a pena pedir a Deus sabedoria nas tratativas relacionais. Timóteo deve estar preparado na Palavra, sua arma mais poderosa para enfrentar a batalha espiritual e ser encontrado aprovado pelo Senhor. O manejo das Escrituras acontecerá com naturalidade, mediante uma vida consagrada ao estudo, observância e prática da mesma.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.