As Escrituras Sagradas
(Salmos 19, 119; Isaías 40; Romanos 2)
“Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu.”

(Salmo 119.89)

As Escrituras são a Palavra de Deus em linguagem humana. Nossa regra de fé e prática.
São o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens (Is 40.8). Sendo Deus o
seu verdadeiro autor, as Escrituras foram escritas por homens inspirados e dirigidos pelo
Espírito Santo (2Pe 1.21). Elas têm por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os
pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus (2Tm 3.16,17). O
conteúdo das Escrituras são a verdade, sem mescla de erro e, por isso, é um perfeito
tesouro de instrução divina (Sl 19.7-9). Revelam o destino do mundo e os critérios pelos
quais Deus julgará todos os homens. As Escrituras são autoridade única em matéria de
religião, fiel padrão pelo qual deve ser aferida a doutrina e conduta dos homens (2Tm 1.13).
Uma das máximas da Reforma é: Sola Scriptura ou só a Escritura. Ela é suficiente.
As Escrituras Sagradas têm chegado até nós depois de resistir a séculos de perseguição,
de questionamento da sua autoridade e de todas as tentativas de desconstrução de sua
integridade em revelar ao homem toda a vontade de Deus em Cristo Jesus. As Escrituras
Sagradas foram escritas por cerca de 40 homens diferentes, num período de
aproximadamente 1.600 anos.
A base para a sua interpretação é o seu próprio texto. O Espírito Santo inspirou os seus
autores em seus respectivos contextos. Para compreender e colocar as Escrituras em
prática na vida diária, precisamos da iluminação do Espírito Santo. As leituras particulares e
públicas das Escrituras devem ser sempre precedidas pela oração.
Uma razão mais significante para a necessidade de interpretação das Escrituras acha-se na
sua própria natureza. Historicamente, a igreja tem compreendido a natureza das Escrituras
de maneira muito semelhante à sua compreensão da pessoa de Cristo – a Bíblia é, ao
mesmo tempo, humana e divina. Lutero afirma que “a Bíblia não deve ser simplesmente
citada ou conhecida, mas vivida e sentida”.
Há duas tarefas essenciais para o intérprete das Escrituras: a primeira é a exegese – a arte
de extrair do texto ou o exame do texto lá, escrito num determinado contexto; a segunda é a
hermenêutica, que é a arte da interpretação no aqui e agora. Resumindo, a exegese é o
texto lá (quando foi escrito) e a hermenêutica é o texto cá (em nossos dias, nosso contexto).
A interpretação bíblica não reinterpreta as Escrituras, mas contextualiza suas verdades,
sem perder a essência da sua inspiração e revelação.

A redenção é o tema predominante na interpretação do texto bíblico. Este tema divide-se
assim: 1- O Antigo Testamento: a preparação do Redentor; 2- Os Evangelhos: a
manifestação do Redentor; 3- Os Atos dos Apóstolos: a proclamação da mensagem do
Redentor; 4- As Epístolas: a explicação da obra do Redentor e 5- O Apocalipse: a
consumação da obra do Redentor.
Vivemos num mundo incrédulo, plural, cético, imoral, que se fundamenta numa ética
relativa, em que cada um age com base em seus sentimentos, cada pessoa é a sua própria
lei ou verdade. A Palavra de Deus determina o nosso padrão de vida. Lutero afirmou:
“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que
faça chover milagres todos os dias”.
Nesses tempos difíceis , cinzentos e tumultuados, temos a segurança, o discernimento e a
absoluta verdade das Escrituras Sagradas. Nelas, temos a direção segura para vivermos
uma vida na perspectiva de Deus, por meio de Cristo Jesus, no poder do Espírito Santo,
sendo sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16).
Para refletir e agir: Tenho considerado o enorme valor das Escrituras Sagradas na minha
vida pessoal e da família? Tenho utilizado a revelação escrita de Deus para testemunhar de
Cristo Jesus por onde ando?
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

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