A Visão da Restauração
(Ezequiel 41-48)
“E ao meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro.” (Ezequiel 44:23)
Introdução. Ao chegar à última parte do livro das profecias de Ezequiel, podemos perceber que dois aspectos principais dominaram a mensagem do profeta e sacerdote, os quais podem ser resumidos nas frases: Deus destruirá e Deus reconstruirá.
A visão e a glória do templo reconstruído após a restauração. Tendo constatada a queda ao final de Jerusalém, conforme anunciada por profetas de Deus. Ezequiel foi encarregado da missão de anunciar um novo momento para a nação escolhida: um tempo de restauração. Com detalhes e minúcias, o Senhor mostrou ao profeta o templo que seria restaurado. No início de sua missão, Ezequiel tinha visto a glória do Senhor deixando o templo e acompanhando o povo no cativeiro – na queda, Deus não abandonaria seu povo. Então, nesse momento de restauração, ele estava vendo “[…] a glória do Deus de Israel vindo do oriente […]” (43:2). Em meio a tal visão gloriosa do Senhor se movendo para estar com o seu povo e voltando para trazer restauração só restou ao profeta duas atitudes: cair com o rosto em terra numa atitude de adoração (43:3) e repetir que “[…] a glória do SENHOR encheu o templo” (v.5). Que mais poderia ser dito ou feito?
Nova ordem nacional. Tendo contemplado o templo restaurado e o descrito em detalhes e, principalmente, tendo se submetido em adoração, Ezequiel passou a ouvir a voz que lhe dava novas instruções (43:6). Novas instruções deveriam ser estabelecidas e tudo haveria de começar com o reconhecimento de que aquele lugar estabelecido para adoração, também seria o lugar onde o Senhor estava colocando a planta de seus pés e colocando seu trono (43:7). Ali seria a habitação divina. E ali no topo do monte, a lei do templo estava sendo promulgada. Por isso, Ezequiel foi instruído a escrever à vista do povo para que guardassem a lei “[…] e todas as suas formas e todas as suas normas, e as cumprissem.” (43:11).
Normas da adoração restaurada. Cumprindo as determinações, a adoração deveria acontecer com ofertas sem defeito (43:22), pois Deus exige que apenas o melhor de cada adorador lhe seja entregue, assim como ele pessoalmente se colocou à disposição para dar o melhor para seu povo. Também que essa nova adoração deveria ser preparada a cada dia (43:25). O serviço ao Senhor deve ser um compromisso a ser exercido todo dia da vida do fiel como um compromisso cotidiano refeito.
Conclusão. Foi longo e penoso o caminho percorrido, mas Jerusalém foi purificada de todas as suas iniquidades e nela poderia habitar perpetuamente o trono do Senhor. Ele volta do
exílio e restaura o templo, a adoração e a santidade exigida. O templo, a ordem social e moral foram restauradas; e no fim, o que prevaleceu foi a glória e a presença do Senhor.
Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos