A História de um Jovem e seus Amigos
(Daniel 1-6)
“Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na lei do seu Deus.” (Daniel 6:5)
Introdução. Os profetas Jeremias, Ezequiel e Daniel foram contemporâneos. Eles viveram os tempos difíceis do exílio na Babilônia no quinto século a.C. Cada um, ao seu modo, exerceu o ministério que o Senhor os entregou a cumprir. Enquanto os dois primeiros falavam a mensagem diretamente ao povo, Daniel, que foi membro da corte de Jerusalém e deve ter sido exilado para a Babilônia ainda bem jovem quando Nabucodonosor levou cativo o rei Jeoaquim, atuou como sábio na corte dos reis caldeus até a chegada ao poder do rei persa Ciro.
O profeta Daniel e seus amigos na corte. O texto bíblico começa a narrativa sobre Daniel a partir do momento em que ele foi levado pelas tropas de Nabucodonosor (1:2), ficando aos cuidados de Aspenaz, oficial da corte. Com ele também foram outros jovens. Hananias, Misael e Azarias. Num primeiro momento, a determinação seria para que os jovens fossem tratados como cortesãos com o melhor que havia das porções reais, e que lhes fossem ensinadas “[…] a cultura e a língua dos babilônios” (1:4). “Porém, Daniel decidiu não se contaminar com a porção das iguarias do rei […]” (1:8). Essa decisão causou um primeiro desentendimento. Foi acertado, então, um desafio inicial de dez dias para que se verificasse a possibilidade de continuar com o regime diferenciado. Assim, passados os dias, ficou constatado que “[…] a aparência deles era melhor” (v.15).
Os sonhos do rei interpretados por Daniel. Para Daniel, em especial, além do domínio das ciências humanas, Deus ainda acrescentou a capacidade espiritual de “[…] discernimento sobre todo tipo de visões e sonhos” (1:17). Segundo a Bíblia da Escola Bíblica,* A interpretação de sonhos tinha grande importância no Antigo Oriente, porque eram considerados um meio para entrar em contato com a divindade. A Bíblia, por sua vez, mostra que Deus pode se utilizar deles ocasionalmente, para revelar a sua vontade e os seus desígnios (Nm 12:6; IRs 3:5; Jl 2:28; Mt 1:20; 2:12), mas não deixa de advertir contra os sonhos enganosos e puramente ilusórios (ver Jr 25:25 e cf Zc 10:2).
Referência*
(Dn 2:31-45) |
Visão de Daniel* | Significado* |
Sonho de Nabucodonosor | Uma grande estátua com cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e barro, que é destruída por uma pedra que se torna uma grande montanha. | A estátua corresponde aos impérios que se sucederão, respectivamente, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e outro baseado em Roma. A pedra é Cristo, que virá e estabelecerá seu reino sobre a terra. |
*Bíblia de Estudo da Escola Dominical – Editora Cristã Evangélica & Sociedade Bíblica do Brasil, SP, 2016.
O livramento pelo poder da oração – Após contrariar os decretos do rei Dario, Daniel manteve adoração ao Deus Vivo. Ele foi denunciado e jogado na cova dos leões para ser devorado. Em meio às provas, Deus honrou a sua fidelidade e o livrou daquela tormenta tão vil.
Conclusão. Quatro jovens judeus foram levados ao exílio e tiveram que servir nas cortes dos reis da Babilônia. Mas, eles se mantiveram fiéis à sua fé e ao seu Deus então, sucessivamente, eles triunfaram diante dos seus adversários. Da mesma maneira, quando o fiel honra e segue os preceitos divinos, ele o conduz à vitória nos diversos embates de sua vida. E, principalmente, Deus é adorado e reverenciado por homens e mulheres ao redor do mundo.
Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos