As Visões de Daniel

(Daniel 7-12)

“E disse: Não temas, homem muito amado, paz seja contigo; anima-te, sim, anima-te. E, falando ele comigo, fiquei fortalecido, e disse: Fala, meu senhor, porque me fortaleceste.” (Daniel 10:19)

Introdução. Nos seus últimos capítulos, o livro de Daniel faz o registro das visões que o próprio profeta teve e as suas interpretações. Com um estilo apocalíptico de escrever, as visões que o profeta teve nos últimos anos de sua vida são descritas a partir de simbolismos e interpretações figuradas.

Referências*  Visão*  Significado* 
Daniel 7  Quatro animais que vinham do mar: um leão, um urso, um leopardo e uma quarto animal diferente de todos os outros.  Os animais representam os quatro impérios que antecederam a vinda do Messias. O leão representava o Império Babilônico; o urso, o Medo-Persa; o leopardo, o Grego; e o quarto animal corresponde ao Império Romano. 
Daniel 8  Um carneiro com dois chifres, um maior que o outro, torna-se irresistível a qualquer outro, é derrotado por um bode de um chifre só. O chifre de bode se quebra, dividindo-se em quatro.  O carneiro representa o Império Medo-Persa (os dois chifres), derrotado apenas pelos gregos, sob o domínio de Alexandre, o Grande (o único chifre); Após a morte de Alexandre, o Império Grego dividiu-se entre quatro generais. 

*Bíblia da Escola Bíblica – Editora Cristã Evangélica & Sociedade Bíblica do Brasil, SP, 2016. 

 O Destino da Pérsia. Segundo Daniel, estava destinada para a Pérsia uma sucessão de três reis (11:2) e, quando o quarto chegasse, o reino seria desfeito, dividido e entregue a outros que não eram herdeiros do trono (v.4), vindo depois várias guerras em sequências (v.5-30) que culminariam com a interrupção do holocausto contínuo e o estabelecimento da abominação assoladora (v.31).  

 O fim dos tempos. Quanto ao povo de Deus, aqueles “[…]cujo nome estiver escrito no livro […]” (12:1), mesmo com toda oposição e tribulação, ficou a garantia de que o prícipe Miguel se levantaria em seu seu favor. Como resultado desse livramento, ocorrerá ressurreição dos que dormem (12:2) e a promessa de que os “[…] sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento […]” (v.3). Daniel ficou curioso: “[…] Quanto tempo haverá até o fim destas maravilhas?” (12:6). Então, a resposta lhe veio como um juramento por aquele que vive eternamente, atestando que, passado algum tempo, “[…] todas estas coisas se cumprirão” (v.7). Embora as tribulações na passagem do tempo possam até parecer duras e longas, Daniel compreendeu e creu que, no final, a promessa e garantia da vitória lhe sustentariam até receber a herança no final dos dias (12:13). 

 Conclusão. As visões finais de Daniel foram enigmáticas e assustadoras, mas, em cada uma delas, Deus o confortou com a garantia de que mesmo em meio a qualquer luta, a promessa de que o Senhor trará a vitória para seu povo é certa. 

 

 Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos 

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