Altos e baixos na vida de um povo
(Juízes 19; 20; 21)

“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto.”

(Juízes 21.25)

O levita é o personagem principal deste capítulo, ele estava residindo em alguma parte da
região de Efraim, mas se casou com uma concubina da cidade de Belém de Judá. A
concubina o traiu e voltou para a casa de seus pais. Depois de quatro meses de separação,
ele viajou a Belém para tentar uma reconciliação. A celebração foi comemorada com uma
festa de três dias, por iniciativa do sogro. Ao entardecer, o levita e sua concubina partiram
para seu lar nas montanhas de Efraim.
Ao pôr do sol eles chegaram a Gibeá para passarem a noite. Infelizmente os moradores
daquela cidade não ofereceram hospedagem e eles entenderam que deviam dormir na
praça ao relento. Quando estavam se preparando para passar a noite, veio um homem,
ancião da região montanhosa de Efraim que habitava em Gibeá e convidou-os para
passarem a noite em sua casa, pois era perigoso ficar ali.
Os homens violentos da cidade perturbam o hóspede do ancião. Eles exigiam que o levita
fosse entregue a eles. Imediatamente o ancião negou e ofereceu sua filha e a concubina do
hóspede. O próprio levita colocou para fora sua concubina e aqueles homens abusaram-na
a noite toda. Pela manhã ele descobre que sua concubina estava morta na porta da casa. O
levita colocou o cadáver em seu jumento e voltou para casa.
Ele surpreendentemente desmembrou sua concubina, membro por membro, em 12
pedaços, e enviou-os por todo o território de Israel. Tal ação despertou as outras tribos de
Israel e entenderam que era preciso agir. O grave crime cometido pelos filhos de Belial é
descrito nos seguintes termos: “maldade” (20.3,12); “abominação” e “loucura” (20.6).
Foram convocados todas as tribos para guerrear contra a tribo de Benjamim. O levita
relatou como tudo aconteceu e como desmembrou o cadáver, a fim de precipitar um
inquérito judicial nacional.
A assembleia decretou a sentença de morte a todos os homens de Gibeá. A tribo de
Benjamim resistiu e não entregou os homens de Gibeá. A primeira batalha trouxe desastre
para o exército israelita. Essa derrota inicial de Israel levou-os a instituir um jejum perante o
Senhor em Betel, com muito choro. Ao consultarem o Senhor se deveriam pelejar uma
segunda vez, obtiveram resposta positiva. Nesta segunda batalha o exército de Israel sofre
perdas substanciais. E diante disso, eles renovam o jejum e acrescentam ofertas
queimadas e pacíficas. Ao perguntarem novamente se deveriam guerrear de novo, a
resposta foi afirmativa, com a promessa de vitória para o dia seguinte.
A terceira batalha resultou na derrota dos benjamitas. Nessa batalha Israel havia
reorganizado sua estratégia, seu plano de ataque.

Pelo fato de ter acontecido muitas baixas, a tribo de Benjamim estava ameaçada de
existência. Para complicar a situação, Israel havia feito um juramento em Mizpá: “Maldito
seja todo aquele que der mulher aos benjamitas” (v.18b). Havia uma preocupação nacional:
“Por que hoje falta uma tribo em Israel?” (v.3). Israel chorou e se absteve da alimentação.
Jabes recusou-se a comparecer à Assembleia Nacional em Mizpá, com isso Jabes Gileade
deveria ser castigada. A cidade foi atacada, contudo, pouparam quatrocentas virgens que
foram trazidas ao acampamento em Siló. Foi dada anistia aos seiscentos benjamitas que
tinham sido refugiados, e as quatrocentas virgens foram dadas a eles, mas ainda tinham
duzentos benjamitas sem esposas (v.15).
Foi comunicado aos benjamitas que haveria uma festa anual em Yahweh em Siló. A
instrução era que durante a dança das virgens, eles deveriam apoderar-se delas para
serem suas futuras esposas. O plano foi realizado e eles juntamente com suas mulheres
retornaram para a terra e começaram a reedificar as cidades arruinadas.
Conclusão: Por achar que pode fazer o que quer, o ser humano vive como se não existisse
alguém para prestar contas. Foi exatamente isso que fizeram com o filho de Deus. Não
deram crédito à pregação de Jesus e condenaram-no a uma sentença de morte. Acontece
que, no último dia, daremos contas diante de Deus, de tudo o que fizermos. Sem direção o
povo só faz aquilo que não agrada a Deus, mas tendo uma direção, há acertos.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

'Escrever um comentário';

*

Seu endereço de e-mail não será publicado.

© 2017-20 PIBRJ