A Identidade Divina da Igreja
(Tito 2.11-15; 3.1-8)

“O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si

mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.”

(Tito 2.14)

A igreja é a agência do Reino de Deus aqui na terra, sua criação, identidade e razão de ser
lhe dá condições de existir. A graça de Deus manifesta-se por meio da sua igreja,
evidenciando sua identidade com Deus. Vejamos três lições a serem aprendidas:
1ª lição: A graça de Deus é para todos os homens (v.11), a igreja deve pregar o evangelho
a todos indistintamente, pois Deus soberanamente manifesta sua graça salvadora a todos
os homens, essa graça anunciada pela igreja, não faz acepção de pessoas (1Tm 2.4).
2ª lição: A graça ensina a negar a si mesmo e ao mundo (v.12). A igreja só poderá cumprir
a grande comissão de fazer disssípulos de Cristo em todas as nações, sob uma
incondicional e total dependência da graça divina (Mt 28.19,20).
3ª lição: A graça nos faz aguardar com esperança. Aqui não é apenas uma situação, mas
um estilo de vida no qual podemos olhar para o futuro com alegria, perseverança e a doce
expectativa da vinda em definitivo da glória de Deus (Fp 3.20).
A morte de Jesus não foi uma intercorrência do mal sobre Ele, antes foi a agenda, o
propósito do Verbo se fazer carne e habitar entre nós. O texto bíblico diz que Ele entregou a
si mesmo (v.14), isto é, não foram os homens que o capturaram, pois, seu sofrimento e
morte faziam parte do plano de Deus de salvar os homens perdidos.
Nos salta aos olhos no texto que Jesus nos fez seu povo consagrado (dedicado
exclusivamente para a prática de boas obras (v.15), tendo Cristo como modelo. O povo de
Deus tem um estilo de vida preparado por Ele mesmo, por isso, é muito estranho ouvir
algumas pessoas dizerem ser o povo de Deus, mas viverem apartados dos propósitos de
Deus e desigrejados. Nossa salvação promove práticas de boas obras, e não as boas obras
promovem a salvação (Ef 2.10).
Como embaixadores do reino de Deus, a igreja deve respeitar e se sujeitar às leis de César.
Porém, se estas leis contradizem os valores e princípios do Rei que representamos,
estejamos cientes e prontos para toda sorte de dura perseguição e hostilização
institucionalizada, o que não será nenhuma surpresa ou novidade para a igreja. Jesus já
nos tem avisado (Mt 5.10-12). Nossa identidade com o reino de Deus nos presenteia com
um estilo de vida ordeiro e pacífico, e não nos permitirá ter certas atitudes e práticas tão
comuns no reino de César, são elas: Difamador (v.2), mas praticar o que diz em Filipenses
4.8, Beligerante (v.2), mas praticar Romanos 12.18, Desequilibrado (v.2), mas colocar em
prática Provérbios 16.32 e Bravo (v.2), Paulo diz que devemos ter mansidão para com todos
(Ef 4.2).

A identidade da igreja é forjada pela imensurável graça de Deus, esta que revela quem
somos, fazendo-nos perceber a luz do evangelho que não há nada em nós que nos fizesse
merecedores de tamanha ação divina em nosso favor (v.3), e quem é o Deus que nos
salvou, revelando-nos quem é Ele, fazendo-nos enxergar sua grandeza e santidade, mas
isso acontece somente pela imensurável graça de Deus (v.4). Somente a ação da graça e
misericórdia de Deus, para transformar pecadores condenados ao inferno, em seus
herdeiros e coerdeiros de Cristo. Ele nos resgatou não porque somos bons, mas porque Ele
é bom. Nossas virtudes, qualidades e méritos de justiça são insuficientes (v.4), trapos de
imundícia (Is 64.6) para nos salvar. Assim enxergamos como Deus fez mediante o lavar da
regeneração e da renovação realizadas pelo Espírito Santo, que Ele derramou amplamente
sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador (v.5,6). A graça que nos revela quem nos deu
esta identidade divina (Sl 100.3), identidade que é respaldada pelas Escrituras Sagradas
que são dignas de aceitação.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

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