A União dos Santos
(João 15.18-26)

“A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles

em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.”

(João 17.21)

Em João 15.19, Jesus revela o porquê de tanta hostilização por parte do mundo em relação
à igreja. Quando Deus decidiu nos fazer seu povo em Cristo Jesus, nos dando uma nova
identidade Nele, nos colocou em colisão com o mundo, pois a ação de Deus em Cristo, nos
“pinça”, resgata do mundo, ou seja, Ele não apenas nos tirou de uma situação de perdição,
mas deu um novo estilo de vida com princípios e valores do reino de Deus.
Tamanha hostilidade pela igreja não a intimidou ou a deteve, mas, a tornou mais forte e
coesa.
O estilo de vida proposto por Cristo por meio de sua igreja é um acinte ao mundo, assim, o
ódio é a reação natural das trevas, por se sentirem perturbados com a luz. A perseguição e
hostilização, em vez de impedir a igreja, deve compactar a unidade dos santos, mas não só
isto, esta unidade produz perseverança dos fiéis perante a perseguição, além das
adversidades e desafios do mundo aqui serem encarados com resiliência, fé e louvor pelos
santos. Jesus, consola os seus dizendo: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiramente
odiou a mim” (v.18). É muito bom saber que nos dias difíceis não precisamos nos sentir
sozinhos.
A Palavra de Deus nos revela que aqueles que nasceram de novo foram selados com o
Espírito Santo e que Ele habita na vida destas novas criaturas (Ef 1.13). A Bíblia diz ainda
que Ele é o Consolador, sendo função sua além de consolar, dar condições de avançarmos
na nossa vida cristã cumprindo a missão da igreja.
Infelizmente, muitos ainda não entenderam qual a principal função do E.S na sua vida,
muitas vezes acreditando que Ele é uma energia espiritual, uma força ativa de Deus. Jesus
disse que o E.S viria para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
Só a ação do E.S para convencer o homem. O E.S é quem promove a unidade da igreja (Ef
4.3-6), e sedimenta e enraíza verdades essenciais para a vida cristã e para a igreja como
um todo, tais como: Testifica com nosso espírito, que somos filhos de Deus (Rm 8.18); Nos
revela como vencer o mundo (1Jo 5.4-6); O Espírito dado por Deus promove intimidade
entre os santos e o Senhor Deus (Gl 4.6); O E.S fará sua obra nos santos (Jo 16.13,14); Ele
distribui dons para edificação de sua igreja (1Co 12.4).
A ação do E.S na igreja e por meio da igreja nos promove “a liga” necessária para união
destes escolhidos com o propósito de glorificar a Deus.
A oração de Jesus ao Pai revela pilares da fé doutrinária de sua igreja. A definição do que
cremos, define as fronteiras do nosso grupo. O conjunto de doutrinas de fé que cremos
determina a comunidade a que pertencemos e para onde este grupo está indo. Nesta

oração sacerdotal vemos algumas doutrinas: A glorificação (v.1); A autoridade (v.2); A vida
eterna (v.3); A divindade de Jesus (v.5); A Palavra de Deus (v.6).
Jesus ora pela unidade dos santos de todos os lugares e de todos os tempos (v.20). Sim,
Jesus orou por você e por mim, e o motivo dessa oração não foi de bênçãos materiais,
fama, poder, conhecimento, mas nossa unidade como igreja. A oração do nosso Mestre
visa que a unidade seja a marca daqueles e dos futuros santos. Uma unidade entre os
santos, e entre os santos e Deus (v.21), para que o resultado desta unidade fosse a crença
do mundo que Deus ama de uma maneira singular a ponto de enviar seu filho unigênito
(v.23). A igreja não é uma massa de pessoas religiosas, mas a instituição do reino de Deus
aqui na terra, cabendo, exclusivamente, à igreja cumprir a grande comissão. A união dos
santos se materializa por meio da vida e ações da igreja que é também chamada de corpo
de Cristo, que tem seus membros diferentes, mas ajustados, servem a todo o corpo (1Co
12.14).
O lugar ideal para experimentar bênção e vida é na igreja, onde se tem a unidade dos
santos.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

'Escrever um comentário';

*

Seu endereço de e-mail não será publicado.

© 2017-20 PIBRJ