O Ministério do Culto
(João 4.23-26; Efésios 5.1-21)
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é
espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”
(João 4.23,24)
A chegada do reino de Deus instaura uma nova maneira de adorar a Deus, o que era
restrito a locais e a uma classe de pessoas com funções sacerdotais, agora, é realizado em
qualquer lugar e por qualquer cristão. Jesus ensina sobre adoração, afirmando que o que
importa é a atitude do coração contrito, quebrantado e submisso. A nova maneira de
adoração tem a marca da acessibilidade divina. Agora chegou o tempo em que há:
Verdadeira adoração (v.23); Interesse de Deus por estes adoradores (v.23); Uma adoração
espiritual (v.24); Boas expectativas (v.25); Revelação de Cristo (v.26).
O culto cristão é o momento de contrição, louvor e adoração com inteireza de coração, visto
que aquele que adoramos enxerga além dos gestos e palavras, a onisciência de Deus não
nos permite realizar um culto “de faz de conta”, citando o profeta Isaías (Mt 15.8). Paulo
apresenta dois tipos de filhos, cada qual com seu estilo de vida. Cada um deles está ligado
à sua origem e paternidade. Estes são os filhos de Deus e os outros, filhos da
desobediência.
No culto dos filhos de Deus, estes são imitadores de Deus e amados por ele (v.1). São três
marcas que diferenciam estes filhos: sua identidade, sua condição (amados) e uma vida
semelhante à do Pai celestial. O estilo de vida desses filhos é pautado no amor, um amor
tão real que se materializa na pessoa de Jesus e em seus atos (v.2). Devemos evitar
mencionar determinados assuntos imorais que não fazem parte dos que são de Cristo (v.3),
e sempre render graças a Ele, por suas incontáveis bênçãos (Ef 5.4; Lc 17.17). Também
devemos estar atentos para não sermos enganados (1Pe 2.9), os filhos da luz devem evitar
a companhia dos perversos (2 Co 6.14), e ter um estilo de vida de acordo com a nova
condição que Deus nos tornou: Filhos da luz (v.8). Nossa vida tem que refletir o Pai ao qual
pertencemos.
No culto dos filhos da desobediência, Paulo lista suas práticas: Prostituição (v.3), Todo tipo
de impureza (v.3), Cobiça (v.3), Indecência (v.4), Devassidão, impurezas, avareza são o
“modos operandi” dos filhos das trevas (v.5). O discurso é intencionalmente elaborado a fim
de que suas práticas hediondas sejam banalizadas e, consequentemente, aceitas como
boas e corajosas dignas de aplausos. A ira de Deus virá, o imoral terá a ira de Deus não por
sua imoralidade, mas por sua condição de pecador (Rm 3.23).
O culto que agrada a Deus não é apenas aquele que fazemos reunidos na igreja, mas é
nosso estilo de vida, que deve ser apresentado como sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus (Rm 12.1). A luz e as trevas se opõem entre si, sendo impossível a coexistência de
ambas no mesmo ponto (v.13).
Jesus disse que é a luz do mundo e quem o segue não andará em trevas (Jo 8.12), Assim,
somos encorajados a viver sob esta luz (v.14). Seguir na luz é ter uma vida sob o controle
do Espírito (v.18). Na verdade, aquelas poucas horas de culto na igreja são apenas a ponta
de um iceberg na superfície, pois todo o resto do iceberg consiste no dia a dia da nossa
vida.
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.